segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Veneza: Pombos estão a destruir monumentos históricos

Os monumentos históricos e os palácios de Veneza são diariamente «agredidos» à bicada por uma verdadeira «invasão» de pombos na cidade dos canais, de acordo com uma denúncia da Superintendência Arqueológica, publicada hoje num jornal local.
Os pombos não apenas sujam e destroem os monumentos com os seus excrementos corrosivos, mas também devastam a golpes de bicada as preciosas estátuas e baixos-relevos da cidade.

A situação é ainda mais grave na famosíssima Praça de São Marcos, onde se encontram alguns dos mais importantes monumentos da cidade, como a Basílica, o Palácio Ducal ou a Biblioteca Marciana, e onde se concentram dezenas de milhares de pombos.

O jornal «Nova Veneza» explica hoje que a Superintendência Arqueológica da cidade, observando algumas fotografias das restaurações que estão a ser efectuadas na fachada do Palácio Real, deu-se conta de que certos baixos-relevos estão em alguns sítios completamente destruídos por bicadas dos pombos.

Todas as estátuas estudadas apresentam lesões sempre nos mesmos pontos, o nariz e os ombros das figuras, que é onde os pombos se agarram ou afiam os bicos, bem como em outras zonas onde crescem musgo e pequenos limos, de que se alimentam.

Face à destruição operada por estes pássaros com os seus bicos e garras, o responsável da conservação da Basílica de San Marco, Ettore Vio, escreveu à Superintendência Arqueológica da cidade para pedir que tome medidas urgentes para pôr termo à maciça presença de pombos, pelo menos, no centro histórico.

Segundo o jornal, as autoridades acreditam que a principal medida será afastar da Praça de São Marcos os vendedores de milho, que atraem à zona todos os pombos da cidade.

Cada pequeno saco de milho custa um euro e garante refeição diária a uma dezena de pombos, que acorrem maciçamente ao local certos de que receberão comida oferecida por muitos dos 25 milhões de turistas que visitam a cidade por ano.

Giuseppe Bortolussi, conselheiro da Câmara Municipal de Veneza, confirmou ao jornal veneziano que «a urgência está a aumentar», pelo que em Setembro será celebrada uma reunião com a responsável da Superintendência Arqueológica, Renata Codello, para «procurar soluções para o problema».

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