quinta-feira, 31 de julho de 2008

Os 12 maiores ditadores da história.

10. Pol Pot (1925-1998) - Camboja

Saloth Sar era o verdadeiro nome do ditador cambojano conhecido pelo codinome Pol Pot, que entre 1975 e 1979 liderou um governo comunista radical, responsável pela retirada em massa da população das cidades, enviada à força para “campos de reeducação” no interior, com objetivo de criar uma nova sociedade sem classes. A operação envolveu o assassinato de milhões de pessoas e o desarranjo da economia, causador de uma onda de fome e doenças que, aliada à repressão política, provocou eventualmente o extermínio de quase a metade da população do país, segundo algumas estimativas. O legado de brutalidade e caos social prossegue até hoje – o Camboja continua sendo um dos países mais pobres do mundo, mergulhado em turbulento impasse político e com umas das maiores taxas de incidência de AIDS do planeta. Afastado por uma invasão vietnamita em 1979,
Pol Pot embrenhou-se na selva e continuou chefiando um governo assassino, agora em guerra civil, até ser afinal deposto em 1997. Foi então colocado em prisão domiciliar por seus ex-companheiros e morreu no ano seguinte de causas naturais

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Os 12 maiores ditadores da história.

11. João Nilson Zunino (1946-2008) - Brasil

Com 13 anos foi contratado como faz-tudo de um laboratório. Limpava chão e foi lá seu primeiro contato com os custos do setor. Já na faculdade de Medicina assumiu o laboratório do Hospital Florianópolis e instituiu o atendimento 24 horas na cidade. Em 74, integrou a extinta sociedade da Clínica Santa Luzia, tornando-se Diretor-Presidente e transformado a clínica em laboratório. Realizavam, em média, 750 exames/mês, hoje fazem cerca de 250 mil exames/mês, para uma média de 39 mil clientes. Zunino, com 55 anos de idade passou também a assumir a presidência do Avaí Futebol Clube. Hoje, com 62 anos, está no seu segundo mandato. A sete anos no poder, sem conquistar titulo algum e perdendo todas as hegemonias do Clube, o Doutor se mantém firme e forte no poder tendo parte da torcida ao seu favor e uma outra parte contra. É considerado ditador pelas suas atitudes diante do maior patrimônio do Clube em que preside. Proibi com que seus torcedores se manifestem de forma pacifica e ordeira perante sua gestão. Não admite seus erros e não aceita torcedores que não se curvam diante de suas humilhações proporcionadas ao Avaí e a torcida. Mostrando-se ser totalmente contra a liberdade de expressão, alia-se a um dos maiores inimigos do Clube, o também ditador e presidente da Federação Catarinense de Futebol, cujo qual, há anos vem prejudicando o Avaí. Nos dias de hoje Zunino continua com seus atos ditadores e presidindo o Avaí Futebol Clube. Seu mandato irá até 2010 caso não o tirem do poder.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Os 12 maiores ditadores da história.

12. Delfim Pádua Peixoto Filho (1941-2008) - Brasil

O itajaiense, Delfim Pádua Peixoto Filho, segue à frente das ações administrativas do futebol catarinense desde 1985, quando assumiu a presidência interinamente, substituindo o então Presidente Pedro Lopes. Seu primeiro mandato iniciou em 1986, depois da vitória sobre José Elias Giuliari, que dirigiu a entidade por 13 anos. Outros dois pleitos foram vencidos, em 1989 e 1992. Desde então, outros três mandatos e também o que iniciará em abril de 2008, foram exercidos por aclamação das Ligas e dos Clubes filiados. Na manhã ensolarada do dia 27 de outubro de 2007, pela primeira vez na história do futebol catarinense uma Assembléia Geral Ordinária Eletiva aconteceu na sede própria da Entidade. Foi o palco perfeito para o exercício da democracia administrativa da Federação Catarinense de Futebol, onde foram acolhidos os 58 eleitores, entre presidentes e representantes dos Clubes e Ligas Não-Profissionais filiados à FCF, que concordaram com a proposição do Presidente da Assembléia e filiado mais antigo, o Figueirense FC, Sr. Norton Flores Boppré, e aclamaram o Dr. Delfim Pádua Peixoto Filho como Presidente da Federação Catarinense de Futebol para exercer o sétimo mandato à frente da Entidade no período de 2008/2012.
O Presidente eleito da FCF para o exercício 2008/2012, estende seu mandato até o ano de 2014. Em abril de 2015, quando encerrar o sétimo mandato como Presidente da Federação Catarinense de Futebol, o Dr. Delfim Pádua Peixoto Filho será o dirigente que mais tempo esteve à frente de uma entidade de administração do desporto no Mundo, serão 30 anos.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Saiba como conseguir um emprego, mesmo que você não tenha experiência.

Embora a lei acrescentada no novo artigo da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), determine que o período exigido para contratos profissionais não possa ultrapassar seis meses, conseguir um emprego sem experiência comprovada ainda não é uma das tarefas mais fáceis.

A iniciativa privada afirma que contratar alguém "não experiente" exige um esforço maior, pois o candidato nunca foi submetido a um regime formal de trabalho, com cumprimento de metas e objetivos. Por este motivo, você pode encontrar alternativas para obter um pouco de experiência, que pode acabar contando pontos a seu favor numa possível entrevista de emprego:

Trabalho voluntário

Hoje é muito comum encontrar ONGs e entidades sem fins lucrativos que naturalmente necessitam de mão-de-obra. Procure por vagas em área em que você deseja ter experiência. O retorno financeiro deve ficar, a princípio, em segundo plano, pois o que importa é adquirir conhecimento e experiência.

Cursos e certificados

Comprovar que você é uma pessoa dinâmica lhe dá um crédito a mais no momento da entrevista. Infelizmente buscar certificação não envolve apenas força de vontade, é preciso, em muitos casos, desembolsar algum dinheiro. Procure inscrever-se em cursos, palestras, grupos de discussão... enfim, procure certificar-se. Mas tenha em mente que "certificação" não substitui experiência e nem comprova competência, mas pode determinar uma contratação, caso haja um empate entre você e outro candidato menos preparado.

Freelance ou autônomo

Você pode enriquecer seu currículo ou portfólio atuando como freelance ou autônomo. A remuneração vai depender da atividade e do tempo que você está disposto a dedicar. Entretanto, avalie com bastante critério, pois nem todas as áreas oferecem essa possibilidade.

Estágio e programa de aprendizado

Muito cuidado nesse tópico! Algumas escolhas podem significar boas possibilidades de crescimento, outras simplesmente formas encontradas pela empresa de obter mão-de-obra barata. Procure escolher empresas que sejam referência na área que você deseja trabalhar. Avalie a chance de ser contratado a médio / longo prazo, mas se essa chance não passar de mera ilusão tente buscar o máximo de conhecimento e tente enriquecer seu currículo. Lembre-se também que, a depender da escolha, a remuneração pode não ser o principal atrativo.

O comércio pode ser uma boa alternativa

Algumas empresas - dependendo da área - costumam dar preferência para pessoas que, se não tiverem experiência na área, pelo menos já viveram a rotina de serem empregadas. Neste ponto, trabalhar no comércio pode representar uma grande oportunidade.

Esforce-se

Não existe nada mais frustrante do que uma pessoa acomodada. Desemprego não é sinônimo de impotência ou incompetência. Neste momento você precisa ser seu juiz e identificar os pontos que você precisa melhorar e, acima de tudo, esforçar-se. Leia mais, pesquise, contribua com sites, compareça a eventos, participe de lista de discussão ao invés de passar o dia navegando no Orkut.

Perceba que as dicas acima não se comprometem a oferecer resultados imediatos, nem garantias de que você terá uma carreira promissora na sua área. A idéia principal, é mostrar que você pode alcançar seus objetivos dando passos certos ao invés de saltos desordenados.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Vozes do inferno.

Durante 600 anos, a terrível energia que flui das profundezas se acumulou vagarosamente nos rochas que sustentam todo o Sudoeste Asiático. Em meados de 1991, ela vazou de um só golpe, com a força de milhares de bombas atômicas, pelo topo da Ilha de Luzon, perto de Manilha, capital das Filipinas. A causa da tragédia foram blocos subterrâneos imagináveis, com 100 quilômetros de espessura, que se chocam em toda a borda do Pacífico, onde formam o cinturão de fogo, sede de metade de 600 vulcões ativos do mundo. Aprendendo a espionar massas parecidas em toda a Terra, os geólogos esperam explicar não apenas erupções, maremotos e terremotos, mas a própria forma dos continentes e oceanos.

A Terra não é jovem. Com 4,6 bilhões de anos, tornou-se um planeta maduro, de vida bem assentada. Nem por isso se podem excluir surpresas, como um surto transitório e localizado de intensa atividade interna, como a que marcou sua adolescência, há muitos milhões de anos. Algo assim chegou a passar pela mente de algumas pessoas quando somaram as vítimas do vulcão Pinatubo, nas Filipinas, em junho de 1991 300 pessoas morreram e 1 milhão perderam o lar. Após 600 anos de silêncio, o vulcão acordou de modo violento: por sua boca, deixaram o fundo da Terra e foram lançados a 20 quilômetros acima da superfície 20 milhões de toneladas de matéria, cifra sem precedente neste século.

O problema é que os subterrâneos da Terra estão intimamente ligados, naquela região: do Sudeste Asiático às ilhas do Pacífico sul, e até o Japão, ao norte. Não é absurdo pensar numa espécie de conspiração do inferno, em sentido quase literal. Sinal disso foi uma distante erupção que precedeu a do Pinatubo em algumas semanas a do vulcão Unzen, na província de Nagasaki, no Japão. Não admira que inúmeros cientistas procurem vislumbrar sem vê-las diretamente as imensas placas rochosas que sustentam continentes e mares no lado oeste do Pacifico.

Oscilações desses assoalhos do mundo, chamados placas tectônicas, ligariam os dois eventos distantes, mas não há como ter certeza. Foi o que apurou a jornalista Fabienne Lemarchand, da revista científica francesa La Recherche. "Sem dados precisos, não se pode estabelecer uma relação entre os dois vulcões.

" Ela lembra também que há um problema humano superposto aos fenômenos geológicos: a explosão populacional. Inicialmente, a importância da destruição foi superestimada devido à grande população instalada nas suas proximidades (num raio de 80 quilômetros). Mas é justamente por isso que se procura, cada vez mais, bisbilhotar os porões do planeta. Afinal, é certo que as duas explosões se devem a um mesmo tipo de comportamento tectônico no qual uma placa de tipo oceânico naufraga lentamente no abismo viscoso do interior do planeta.

A placa das Filipinas, por exemplo, sustenta parte do Pacífico e move-se contra a placa Eurasiana alicerce de dois continentes, Ásia e Europa. É como o embate paralisante de campeões de sumo que se esforçam para deslocar um ao outro. Vez por outra, a borda da placa Indo-australiana resvala para debaixo da placa Eurasiana e a força concentrada no confronto escapa, tomando diversas formas. Uma delas, derivada do forte atrito das placas, é o calor. Ele derrete rochas e forma bolhas fluidas a uma temperatura de até 1 500 graus e mais rarefeitas que a matéria vizinha. Por isso essas bolhas tendem a subir, às vezes por dezenas de quilômetros placa acima, até extravasar à superfície. Não é o que acontece de imediato mas a partir daí está armado o palco de uma grande catástrofe. Talvez um dia se possa auscultar as entranhas e prever terremotos e erupções.Na prática, porém, os desastres podem demorar. Especialmente as erupções que proliferam na borda japonesa do Pacifico, que tendem a bloquear a lava e o gás subterrâneos. Assim, há um lento acúmulo de energia, agora bem perto da superfície, que é repentinamente liberada. Vale notar que a energia é convulsiva: as engrenagens tectônicas giram aos trancos. A erupção do Unzen foi um caso traumático de incerteza, pois foi precedida de alerta geral por parte dos cientistas. Mesmo assim, ela surpreendeu gente experiente. como o casal de vulcanólogos franceses Maurice e Katia Kraft e o geólogo americano Harry Glicken, mortos por ela.

Incerteza ainda maior cercou o mais recente desastre de grande proporção: o terremoto que atingiu a capital do Egito, Cairo, em outubro passado. Com duração de apenas 20 segundos, tempo bastante para destruir 139 edifícios, danificar outros 2 682 e matar mais de 500 pessoas, o tremor espantou o mundo. Essa região não é sede de grande atividade sísmica", explica a geóloga brasileira Magda Bergmann. Ele teve origem num fenômeno completamente diferente dos choques tectônicos da Ásia, já que nesse local não há destruição parcial das placas, mas o oposto: há criação de crosta terrestre.

A matéria fluida ascende de profundezas incríveis devido à circulação de calor em todo o interior do planeta e se acumula próximo à fenda entre as placas continentais Africana e Arábica. Em vista disso, ela vaza lentamente para o leito do Mar Vermelho, empurrando uma placa para cada lado. Eventualmente, a matéria subterrânea, chamada de magma, endurece e acrescenta um novo pedaço à casca do mundo. Mas os terremotos também podem ser causados por choque de placas. Foi assim que se destruiu boa parte do território turco, junto à cidade de Erzincan, em março do ano passado. Num intervalo de 48 horas, dois abalos de grande magnitude deixaram um saldo de quase 1 000 mortos e 100 000 desabrigados. Sua energia, avaliada em 6,8 graus na escala Richter equivalente a 100 bombas como a de Hiroshima , veio da placa Arábica que afunda sob a placa Anatólica. Ambas são relativamente pequenas e a primeira é uma subdivisão da placa Eurasiana.

Por ser leve, a placa Arábica não chega a se derreter nas profundezas, razão pela qual não produz vulcanismo intenso. Em compensação, a força liberada pelo atrito provoca movimentos ondulantes nas rochas próximas. Foram essas ondas que se traduziram nos terremotos à superfície da Turquia. Outra miniplaca foi responsável pelo grande maremoto que lavou com ondas de até 20 metros de altura 106 cidades da costa oeste nicaragüense e levou à morte mais de 100 pessoas. A fonte da energia, nesse caso, é o mergulho da placa de Cocos situada junto à América Central sob a placa Norte-americana. Constantemente castigada pela natureza, a pobre Nicarágua fica numa região de grande turbulência geológica. Além do mergulho, ou subducção, da placa de Cocos, ela sofre também com o atrito entre a placa Caribenha e a Norte-americana.

Esta última é famosa porque não deixa os habitantes da Califórnia, nos Estados Unidos, dormirem tranqüilos: ali ocorrem cerca de 10 000 abalos sísmicos por ano. O motivo é a enorme falha de San Andreas, ao longo da qual deslizam a placa Norte-americana e a placa do Pacífico. O governo americano faz um esforço concentrado para evitar tragédias como as que assolam a região de San Francisco. Em 1906, morreram 600 pessoas; em 1971, 64; em 1989,270. O maior pesadelo atualmente é a espera de um supertremor decorrente do movimento que está dividindo em dois o Estado da Califórnia. No final do ano passado, a NASA mandou para o espaço o satélite Lageos 2: armado com canhões laser, o satélite vai medir o deslocamento das placas para ajudar a prever a data do evento terrível.

Tragédias diante da pequenez humana, os movimentos das placas tectônicas são saudáveis sinais de vitalidade da Terra. A ascensão do magma profundo por meio da lava em superfície é um meio admirável de reciclar as matérias-primas do planeta. Veja-se o exemplo do carbono, essencial à existência da vida. Ele viaja constantemente do ar, das plantas e dos animais para o mar, e daí mergulha para os abismos de rocha derretida. Num ciclo de 1 milhão de anos, ele volta à tona pela boca dos vulcões.A peça essencial da maquinaria subterrânea é o calor adquirido pelo planeta durante o seu nascimento, há 4,6 bilhões de anos. Desde então essa energia gera verdadeiros rios de matéria fluida que sobem e descem pelo interior da Terra. Sob as placas do Mar Vermelho por exemplo, há uma corrente ascendente. " O magma sobe como o leite que ferve numa panela", compara a geóloga Magda Bergmann. Por isso, nas fendas submarinas estão as rochas mais jovens do planeta. De modo geral, diz Magda, as placas são os verdadeiros arquitetos da Terra: elas criam, destroem e recriam a superfície, dando-lhe diferentes faces ao longo das eras.Ninguém poderia imaginar, por exemplo, que há 440 milhões de anos a cidade do Rio de Janeiro estava às bordas do que é hoje o Deserto do Saara. As duas regiões eram fronteiriças, faziam parte de um mesmo continente e ficavam no Pólo Sul. Podem-se visualizar essas incríveis mudanças no tempo, diz o geólogo Colombo Tassinari, da Universidade de São Paulo, como Magda. Se fotografássemos a Terra a cada 100 anos, a partir do espaço, seria possível vê-la se contorcendo.

" O tempo é a chave para se compreender o trabalho das placas tectônicas invisível, quase sempre. às fugazes sensações humanas. Os geólogos explicam que as grandes massas continentais não são mais antigas do que 560 milhões de anos. Parece muito, mas todo esse período não chega a preencher um oitavo da história geológica da Terra. Por isso, a imensa energia concentrada nas placas é praticamente imperceptível. A placa do Pacífico, por exemplo. se move cerca de 5,3 centímetros por ano, na direção noroeste, e a da América do Norte se move 7,5 milímetros para sudeste. África e América do Sul se afastam 2 centímetros por ano.

Há cerca de 200 milhões de anos todos os atuais continentes se reuniam num único bloco, chamado Pangéia. A expansão dos assoalhos oceânicos, aos poucos, dividiu esse supercontinente, e a fenda original ainda pode ser encontrada no centro de uma imensa "costura" submarina: a Cordilheira Meso-oceânica do Atlântico, que permanece no mesmo local em que se abriu no passado remoto. É incrível pensar que fenômenos dessa magnitude no tempo e no espaço possam ser medidos e monitorados como parte do dia-a-dia da humanidade. Essa, no entanto, é a perspectiva aberta à civilização um símbolo de quanto ela vem se tornando responsável pela vida do planeta.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Pistolas de Video Game.

Essas pistolas não atiram, recebem um estímulo que vem da televisão. E simples: quando o jogador aperta o gatilho, a tela escurece por inteiro e é percorrida por um único ponto de luz que caminha da esquerda para a direita e de cima para baixo. Quando o ponto passa na frente da mira da pistola, a luz entra por uma lente convergente e é captada por um fotoleitor. Essa informação vai para um computador dentro do videogame. E ele que informa se, na posição em que a pistola estava apontada, havia algum alvo, registrando os pontos conseguidos. O jogador não vê nada, pois isso acontece numa velocidade muito alta, imperceptível ao olho humano.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Eletromagnetismo limpa canos.

Na Inglaterra, a eletrônica funciona até com água. Scalewatcher, um invento holandês, é um desentupidor que não fura canos nem se molha. Sua especialidade é tirar as crostas de carbonato de cálcio que se grudam no interior dos canos, impedindo a passagem da água. A bobina é colocada no cano principal de entrada de água na casa, e gera um sinal eletromagnético que altera as propriedades elétricas das moléculas de carbonato de cálcio. O campo eletromagnético faz os cristais crescerem e neutraliza suas cargas elétricas. Dessa forma, ficam suspensas na água e não aderem mais ao cano, deixando o caminho livre para a água.

terça-feira, 22 de julho de 2008

GELATINA.

De onde é extraída a gelatina que usamos como alimento?

Do colágeno, única proteína animal em estado sólido, encontrado no couro ou nos ossos de animais, como o porco ou o boi. Depois de extraído, o colágeno passa por um processo químico para retirar a gordura e outras impurezas, explica a engenheira de alimentos Adilma Scamparini, da Universidade Estadual de Campinas, São Paulo. Geralmente a gelatina à venda nos supermercados é obtida do couro de boi.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Uma radiografia de Saturno.

Ao passar diante de uma estrela, o planeta Saturno permitiu que se tirasse uma radiografia de sua atmosfera.

Mesmo com a ajuda de tecnologia avançada, como a das sondas espaciais Voyager, os astrônomos continuam se valendo de técnicas bastante convencionais para desvendar os mistérios do Cosmo. Foi o que aconteceu há poucos meses, durante um raro evento que fez Saturno encobrir momentaneamente uma brilhante estrela. Ao passar na frente dos raios de luz emitidos pela estrela, Saturno permitiu tirar uma pequena radiografia de sua atmosfera. Isso porque, segundos antes e segundos depois da ocultação, a luz emitida pela estrela atravessou a atmosfera do planeta antes de chegar aos olhos dos astrônomos.

Estudando essa luz estelar foi possível descobrir a densidade das camadas de gases que compõem a atmosfera de Saturno. Particularmente a das camadas intermediárias, região que as Voyager — que passaram pelo planeta em 1980 e 1981 — não puderam examinar em detalhe. Com os dados registrados durante esse evento, os astrônomos crêem que agora será possível montar um mapa do planeta com uma precisão de até 2 quilômetros.

domingo, 20 de julho de 2008

A ciência salva uma paixão de 3.200 anos.

O túmulo da princesa Nefertári que possui um painel monumental pintado há 3200 anos e que foi descoberto em 1904, será restaurado com as mais avançadas técnicas do século XX.

Nada menos que 950 metros quadrados de murais registram a paixão de Ramsés II pela princesa Nefertari - a primeira de suas seis esposas e a única a merecer um túmulo monumental desse celebrado faraó egípcio, que foi coroado com menos de 10 anos, reinou 67, de 1304 a.C. a 1237 a.C. e teve mais de cem filhos. A obra, construída há 3.200 anos, ficou escondida entre as rochas da região de Luxor até 1904, quando foi descoberta por arqueólogos italianos. Seus murais, considerados um dos maiores exemplos de arte do Antigo Egito, mostram Nefertari muitas vezes ao lado da deusa do amor, como uma bela jovem coberta de jóias. Na época da descoberta, as pinturas estavam impregnadas de misteriosos grãos de sal, que danificaram as imagens. Por isso, em 1950, o monumento foi fechado para visitantes. Finalmente, em 1986, equipes de restauradores de diversos países começaram a pesquisar o local. Até o fim do ano, os trabalhos de restauração serão iniciados.

Trata-se de um empreendimento faraônico: executado com as melhores técnicas do século XX, milhares de tiras de papel de arroz foram gastas para segurar as áreas onde as paredes coloridas ameaçam descascar; para reconstituir as partes danificadas, correspondentes a 20% da área dos murais, os cientistas estão usando ondas de ultra-som, que devem revelar os desenhos que ali existiam originalmente. O mais importante, porém, será descobrir, com o auxílio de raios laser, todos os canais de água que se formam na região, nas raras chuvas pesadas que caem ali: se a umidade de um desses canais for a justificativa para o aparecimento de sais no túmulo de Nefertari, será possível evitar que o problema se repita. Dessa maneira, os murais poderão finalmente ficar expostos, sem riscos de novos danos.

sábado, 19 de julho de 2008

A Biblioteca de Alexandria, o coração da humanidade.

Durante uns sete séculos, entre os anos de 280 a.C. a 416, a biblioteca de Alexandria reuniu o maior acervo de cultura e ciência que existiu na antigüidade. Ela não contentou-se em ser apenas um enorme depósito de rolos de papiro e de livros, mas por igual tornou-se uma fonte de instigação a que os homens de ciência e de letras desbravassem o mundo do conhecimento e das emoções, deixando assim um notável legado para o desenvolvimento geral da humanidade.

Fundando uma biblioteca

Fascinada por leituras, a jovem princesa Cleópatra visitava quase que diariamente a grande biblioteca da cidade de Alexandria. Mesmo quando César ocupou a maior parte da cidade, no ano de 48 a.C., ela, sua amante e protegida, o fazia acompanhá-la na busca de novas narrativas. O conquistador romano, também um homem de letras, um historiador, ficara impressionado com a desenvoltura cultural dela. Acoplada ao Museu, mandando construir pelo seu ilustre antepassado e fundador da dinastia, o rei do Egito Ptolomeu I Sóter (o Salvador), que reinou de 305 a 283 a.C. , a biblioteca tornara-se, até aquela época, o maior referencial cientifico e cultural do Mundo Antigo (*). Tudo indica que o erguimento daquele magnífico edifício no bairro do Bruquéion, nas proximidades do palácio real, deveu-se a insistência de Demétrio de Falério, um talentoso filósofo exilado que encheu os ouvidos de Ptolomeu para que ele tornasse Alexandria uma rival cultural de Atenas.

Mudar o Egito

Sarcófago real em Mênfis
Quem realmente levou a tarefa adiante foi o sucessor dele, Ptolomeu Filadelfo (o amado da irmã) que, além de ter erguido o famoso farol na ilha de Faro e aberto um canal que ligava o rio Nilo ao Delta, , logo percebeu as implicações políticas de fazer do Museu e da Biblioteca um poderoso enclave da cultura grega naquela parte do mundo. A nova dinastia de origem grega, chamada dos Lágidas (*), que passara a governar o país dos faraós, ao tempo em que se afirmava no poder, desejou também transformá-lo. Desencravando o trono real da cidade de Mênfis, situada nas margens do rio Nilo, no interior, transferindo-o para Alexandria, nas beiras do mar Mediterrâneo, a nova capital tinha a função de arrancar o milenaríssimo reino do sarcófago em que o enterraram por séculos, abrindo-lhe a cripta para que novos ares adentrassem.

Fazer com que o povo, ou pelo menos sua elite, se livrasse de ser tiranizados por sacerdotes e mágicos de ocasião que infestavam o pais. Gente que só pensava em viver num outro mundo, o do Além, e como seriam sepultados. Era o momento deles darem um basta ao Vale dos Mortos e celebrar os hinos à vida, exaltada pela cultura helenística. Mesmo os horrores de uma tragédia de Ésquilo ou Sófocles tinham mais emoção e paixão do que o soturno Livro dos Mortos. Era a hora das múmias e dos embalsamadores cederem o seu lugar aos sátiros e aos cientistas, de pararem de adorar o Boi Apis e se convertessem ao culto dos deuses antropomórficos. Filadelfo, porém, que era um entusiasta da ciência, num ato sincrético, fundindo costumes gregos com egípcios, resolveu reintroduzir o antigo cerimonial existente entre as dinastias do país do faraó esposar a própria irmã, tornando a princesa Arsinoe II a sua mulher. Dizem que um outro Ptolomeu, dito Evergetes (o Benfeitor), morto em 221 a.C., ficou tão obsecado em aumentar o acervo da biblioteca que teria ordenado a apreensão de qualquer livro trazido por um estrangeiro, o qual era imediatamente levado aos escribas que então tiravam uma cópia, devolvendo depois o original ao dono, premiado com 15 talentos.

Por essa altura, entre os séculos II e I a.C., Alexandria , que fora fundada por Alexandre o Grande em 332 a.C., assumira, com todos os méritos, ser a capital do mundo helenistico. Centro cosmopolita, por suas ruas, praças e mercados, circulavam gregos, judeus, assírios, sírios, persas, árabes, babilônios, romanos, cartagineses, gauleses, iberos, e de tantas outras nações. A efervescência dai resultante, é que fez com que ela se tornasse um espécie de Paris ou de Nova Iorque daquela época, cuja ênfase maior foi porém a ciência e a filosofia.

(*) Os Lágidas ou Ptolomeus, governaram o Egito a partir da partilha feita entre os Diadochoi, os diádocos, os generais de Alexandre o Grande, quando da morte deste em 323 a.C. Coube ao primeiro Ptolomeu, autodesignado Sóter (o Salvador), tornar-se rei do Egito no ano de 305 a.C., iniciando uma dinastia que teve 14 Ptolomeus e 7 Cleópatras. A última rainha do Egito foi Cleópatra VII, que suicidou-se em 30 a.C. , ocasião em que o país caiu sobre a dominação romana de Otávio Augusto.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

O mundo no tempo das pestes.

Ao longo da História, as epidemias provocaram mais mortes do que todas as guerras. A descoberta dos antibióticos diminuiu esse risco até a chegada da Aids, que ainda desafia os remédios



Por Lúcia Helena de Oliveira e Regina Prado



Nos países industrializados, os problemas cardíacos e o câncer formam uma dupla campeã de causa de mortalidade, devido aos hábitos e, ironicamente, à longevidade conquistada pelo homem moderno. Pois essas doenças degenerativas precisam de um tempo maior para se desenvolverem. E, até o início deste século, as pessoas costumavam morrer antes desse prazo, infectadas por parasitos de toda espécie. Contudo, apesar de provocarem um menor número de vítimas hoje em dia, as doenças infecciosas continuam a atemorizar, talvez por serem as únicas transmissíveis de uma pessoa para outra. A compreensão das infecções começou a avançar para valer em 1348, quando estourou a chamada Peste Negra na Europa. Foi uma dura lição: em apenas dois anos, morreu de peste um quarto da população do continente, estimada em 102 milhões de habitantes. Naqueles tempos, acreditava-se que até o olhar de um doente podia contaminar alguém. Esta, ao menos, era a convicção dos mais céticos. Porque, para a maioria das pessoas, uma epidemia ou seja, o surto de uma doença infecciosa era um castigo divino, que vinha diretamente do céu ou, quem sabe, do inferno.Por isso, no auge da epidemia de peste, o papa Clemente VI conclamou os fiéis de toda parte a pedir clemência em Roma. Acredita-se que 1,2 milhão de peregrinos tenham atendido ao pedido, informa o epidemiologista Afonso Dinis Costa Passos, professor da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, interior do Estado. Mas, no meio do caminho, nove em cada dez pessoas caíram mortos. Quem chegou em Roma, por sua vez, não viu o papa, que preferiu ficar encarcerado, com medo de se transformar em mais uma vítima. Fugir literalmente das doenças era a única terapia eficiente no passado: o escritor italiano Giovanni Boccaccio (1313-1375), em um dos contos de seu célebre Decamerão, relatou que sete donzelas e três rapazes se refugiaram em uma casa de campo, para se prevenir da peste em Florença; ali ficaram, durante mais de mil e uma noites, inventando histórias para passar o tempo.

Entre os séculos XIV e XVIII ocorreram nada menos que dez pandemias, ou seja, a doença se espalhou pelo mundo inteiro. Ao primeiro sinal da peste nas cidades, os ricos escapavam para o campo e eram, geralmente seguidos pelos médicos, que precisavam de pacientes endinheirados para pagar por seus serviços. A doença, em uma etapa inicial, era transmitida pelos ratos, infectados pelo bacilo Yersinia pestis, explica Passos. Em Veneza, aliás, por volta de 1350, as pessoas já desconfiavam do papel sinistro dos roedores. Daí, quando um navio chegava do Oriente, os passageiros ficavam retidos na embarcação durante quarenta dias, por causa da possibilidade de os porões esconderem ratos clandestinos. Passado esse período, se não havia sinal da peste, o capitão hasteava uma bandeira branca na proa: estava criada a quarentena, conhecida até hoje. Baixo e calvo, o epidemiologista tem mania de organização; por isso, redigiu de maneira clara as formas de contaminação de diversas doenças antes de cursar Medicina, queria ser jornalista.

Segundo Passos, o bacilo da peste, ao infectar o organismo humano, se aloja nas células dos gânglios linfáticos que, aproximadamente, dois dias mais tarde ficam inflamadas, formando ínguas ou bubões eis a razão do nome peste bubônica. Mas, em uma segunda fase da moléstia, as bactérias escapam pelas secreções do nariz. Então, torna-se possível a transmissão entre pessoas, descreve o médico, com a fala mansa. Havia lógica, portanto, no movimento de fuga das cidades: a aglomeração urbana oferecia mais riscos do que a vida no campo." Ao observar que a proximidade tornava a contaminação viável, o francês Charles Delorme (1584-1678), médico de Luis XIII, defendeu o uso de vestimentas especiais, durante uma epidemia de peste em Marselha. Ele criou, assim, o primeiro uniforme de médico, nada parecido, aliás, com o tradicional avental branco: o modelo escuro exibia uma máscara na forma de bico, que continha substâncias aromáticas.Na época, prevalecia a corrente miasmática, ou seja, acreditava-se que as doenças eram como seres malcheirosos, que se incorporavam em uma pessoa através do ar, conta o médico Emerson Elias Mehry, professor da Universidade de Campinas. Miasma, por sinal, é o odor de animais e plantas em putrefação. Barbudo, com olhos azuis brilhantes, Mehry divide o seu dia-a-dia entre organizar programas de saúde pública e estudar a história da Medicina, sobre a qual escreveu diversos trabalhos. O que conhecemos como clínica médica surgiu há apenas cerca de 200 anos. Até então, os tratamentos eram quase sessões de exorcismo, diz ele. De fato, os médicos jogavam baforadas de fumaça, produzida pela queima de tabaco, para expulsar a peste de seus pacientes. E, se o doente morria, os coveiros fumavam cachimbo, na hora de enterrar o corpo. Mesmo com toda essa suposta proteção, os médicos preferiam manter distância e lancetavam os bubões dos doentes com facas que podiam medir até 1,80 metro. Graças à habilidade com as lâminas, eles na maior parte das vezes acumulavam as funções de cirurgião e barbeiro.

Só em 1890, o pesquisador suíço Alexandre Yersin (1863-1943) e o japonês Shibasaburo Kitasato (1856-1931) descobriram, em Hong Kong, o bacilo causador da peste. Na realidade, o Yersinia pestis não surgiu de repente, isto é, já existia muito antes das epidemias medievais. Há indícios de que a maioria dos agentes infecciosos conhecidos hoje convivem com o homem desde a Pré-história. Por incrível que pareça, apesar dos danos que provocam à nossa vida, esses microorganismos são os maiores derrotados na batalha pela sobrevivência. Pois os parasitos bem-adaptados ao longo da evolução não matam seus hospedeiros, numa atitude suicida, como fazem os infecciosos. Por sinal, é provável que alguns destes tenham, primeiro, infectado bichos; mas, quando o homem passou a domesticar animais, esses microorganismos passaram por mutações genéticas, a fim de aproveitar a oportunidade de parasitar outra espécie a humana. Estudos na área da Genética mostram que o vírus do sarampo, por exemplo, é descendente direto do vírus da raiva nos cães. Já o vírus da gripe tem um parente próximo, que prefere infectar os porcos. A varíola, por sua vez, seria similar a uma moléstia típica das vacas.

Mas, pior do que a passagem do bicho para o homem que pode levar milhares de anos é a contaminação de um ser humano por outro ser humano, que costuma ser imediata. Uma prova disso é a expansão dos povos mediterrâ-neos que, de acordo com os historiadores, coincidiu com uma série de registros de epidemias. Por volta do ano 500 a.C., esses povos aprenderam a navegar. Antes, cada cidade, isolada, tinha doenças locais, às quais as pessoas estavam adaptadas de alguma maneira. Elas, até então, se deslocavam por terra. Ou seja, se um viajante adoecia no caminho, tinha grande probabilidade de morrer antes de terminar o trajeto. No entanto, com a velocidade das travessias por mar, em que se percorriam cerca de 100 quilômetros por dia com a ajuda do vento, era possível um doente chegar vivo ao destino e transmitir a moléstia.

Muito mais tarde, no século XII, por exemplo, a lepra chegou ao Ocidente, no rastro das Cruzadas. Segundo as famosas tábuas de Hamurabi, rei da Babilônia, datadas do século XVIII a.C, a doença existia em sua época, quando desfigurava seus súditos. De fato, o bacilo de Hansen, causador do mal descoberto apenas em 1873 , provoca lesões da pele, arrasando com suas terminações nervosas. A aparência das vítimas era assustadora. Por isso, os europeus, espantados com a suposta nova doença, resolveram segregá-las em asilos, os lazaretos, assim chamados porque os primeiros deles surgiram na Ilha de San Lazzaro, perto de Veneza. No século XVIII, somavam-se cerca de 19000 lazaretos na Europa, sempre fora dos portões das cidades.

Eram verdadeiras prisões: bastava uma denúncia e o paciente era obrigado a se apresentar a médicos ou sacerdotes. Uma vez diagnosticada a pretensa lepra, ele recebia um uniforme e uma matraca, que servia para avisar os outros da sua presença, nas raras vezes em que saísse do lazareto, onde estava condenado a passar o resto de seus dias. Freqüentemente, porém, o diagnóstico era um terrível engano. Quando, em 1860, o médico francês Paul Broca examinou os crânios de um antigo cemitério de leprosos, grande parte das lesões encontradas eram sifilíticas. Por esse mesmo motivo, aliás, em 1626, Luís XIII ordenou o fechamento de todos os lazaretos franceses consta que, quando seus dois médicos particulares resolveram inspecionar um desses locais, não encontraram um leproso sequer.Preferimos chamar a doença de hanseníase, para evitar a lembrança desse estigma do passado, informa o pediatra Wagner Augusto Costa, diretor do Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo. A hanseníase ainda reúne cerca de 15 milhões de vítimas no mundo inteiro. Mas, por sorte, elas contam com bons remédios, especialmente se o problema for diagnosticado em fase inicial, ou seja, quando a pele perde a sensibilidade ao calor, diz o médico. Confundida com essa doença, pelas feridas que provoca, a sífilis infecção transmitida sexualmente, que podia ser fatal até a descoberta da penicilina, há sessenta anos , irrompeu na Europa quando os conquistadores voltaram da América.

Os primeiros casos aconteceram em Barcelona, em 1493, por isso o mal ficou conhecido como doença espanhola. Poucos anos depois, surgia na França e, quando apareceram casos na Alemanha, citavam a doença francesa. Como os europeus costumavam viajar para o Oriente, em 1496 já se encontravam sifilíticos na Ásia. O médico alemão Johannes Widmann (1440-1553) reconheceu que as pessoas se contaminavam pelo sexo uma dedução fantástica, considerando os recursos da época. Em países como a França e a Alemanha, os banhos públicos mistos foram terminantemente proibidos. Mas isso não resolveu o problema das epidemias, já que os marinheiros, na volta de suas viagens, continuavam espalhando a doença.

Como a sífilis, outras doenças fizeram longas trajetórias, acompanhando o homem em suas conquistas. Com isso, pode-se dizer que uma das maiores marcas da Idade Moderna foi a eclosão simultânea de diversas epidemias. Estima-se, por exemplo, que entre os séculos XVI e XVII, na Inglaterra, nove em cada dez mortes eram por doenças infecciosas. Pois, nessa época, ali existiam ao mesmo tempo epidemias de sarampo, cólera, varíola, peste bubônica, sífilis, lepra e tuberculose era mesmo difícil sair imune. É claro que uma doença surge quando um parasito, para se reproduzir, precisa destruir as células do organismo em que se hospeda estrago que se reflete nos sintomas da moléstia. Por sua vez, corre-se o risco de epidemias, se o microorganismo vândalo pega carona no organismo de um viajante isto faz sentido. Mas, muitas pessoas podem se indagar como, depois de atravessar tantas epidemias, o homem conseguiu sobreviver até a década de 40 deste século, quando se testaram pela primeira vez as drogas antibióticas, capazes de curar todas as infecções, menos as produzidas por vírus. Uma coisa é certa: a cada surto de determinada infecção, os sobreviventes tendem a adquirir anticorpos específicos contra o parasito responsável, surgindo gerações de pessoas cada vez mais resistentes. Além disso, muitas vezes, uma bactéria compete com outra e, nessa briga, o homem pode sair ganhando.

Durante muito tempo, os cientistas buscaram explicações para o final das reincidências de peste bubônica. Estudos recentes sugerem que as epidemias de tuberculose no século XVIII serviram para imunizar as pessoas contra a peste. Ou seja, os anticorpos que o organismo cria para combater o bacilo de Koch, responsável pela doença pulmonar, eram versáteis o bastante para atacar também a outra bactéria. Mas a tuberculose, embora grave, matava com menos freqüência do que a peste. Esta, infelizmente, teve um substituto à altura: naquele século, eclodiram inúmeros casos de tifo na Inglaterra. Dali, o mal partiu para a América, incluindo o Brasil. Dores de cabeça insuportáveis e febres altíssimas eram queixas comuns nas prisões inglesas.

Transmitido pelo piolho, o tifo resulta diretamente da falta de higiene. A situação piorou quando os soldados de Napoleão, em sua retirada da Rússia, entre 1813 e 1814, espalharam a doença por toda a Europa. Aliás, as guerras facilitam o aparecimento de certas epidemias, como a do tifo. Por sorte, logo em seguida, o estudo das doenças passou por duas verdadeiras revoluções. Isso porque, apesar de as bactérias terem sido descobertas em 1674 pelo microscopista holandês Van Leeuwenhoek, apenas no século XIX o químico e microbiologista francês Louis Pasteur conseguiu provar que os microorganismos são capazes de provocar doenças.Só então, com o avanço da Bacteriologia, os médicos começam a combater efetivamente as moléstias, opina Emerson Mehry, da Unicamp. Antes, determinada doença era encarada como uma série de sintomas, com uma ordem de entrada em cena que, conforme o caso, podia até ser bem conhecida dos médicos, explica o estudioso da história. Eles esperavam ou provocavam um por um dos sintomas, de modo que, se passasse o último deles, a doença teria igualmente passado.Outro passo importante foi a investigação, realizada em 1842, pelo médico inglês Edwin Chadwick: ele mostrou a relação entre a presença de doenças e as péssimas condições de moradia, a falta de esgotos, a ausência de água limpa, erros na remoção e no tratamento do lixo. É óbvio que sempre existiram pessoas vivendo em condições precárias, esclarece Mehry. Na Idade Média, na falta de agasalhos, muitos camponeses dormiam juntos para se aquecer. Mas, então, ninguém atinava que a proximidade ajudaria a disparar epidemias. Na opinião do pesquisador, as pessoas só passam a prestar atenção na doença quando ela, de alguma maneira, atrapalha quem está no poder. No início do século passado, existia um interesse do governo inglês em estabelecer medidas sanitárias, porque se observava que operários saudáveis trabalhavam melhor nas indústrias recém-criadas, exemplifica. Do mesmo modo, no início deste século, os médicos e os governantes brasileiros declararam guerra contra a febre amarela Isso porque a economia do país se baseava na exportação de produtos agrícolas e a notícia de uma epidemia em São Paulo impedia que certos países permitissem a emigração de camponeses.Em 1918, enquanto os brasileiros penavam com a febre amarela, uma gripe violenta matava milhares de pessoas na Espanha. Logo, a gripe espanhola, como ficou conhecida, se transformou em uma pandemia. Em países em desenvolvimento a doença chegou a matar metade da população.Na a Alemanha, naquele ano, uma em cada quatro mortes era causada pela gripe, que provavelmente se originou na China. É como se existissem várias versões do vírus da gripe, define o infectiologista Vicente Amato Neto, superintendente do Hospital das Clínicas de São Paulo. Teoricamente, sempre há a possibilidade de um vírus desses surpreender o sistema imunológico das pessoas, causando uma epidemia. Mas, na sua opinião, com os recursos da Medicina moderna, dificilmente haverá tantas mortes como no passado: em um tempo relativamente curto, os laboratórios conseguem identificar detalhes de um agente infeccioso, indicando as melhores armas, nas prateleiras das farmácias, para combatê-lo. De modo geral, a ciência conhece os meios de controlar a maioria das infecções. O que falta, às vezes, é força de vontade para aplicar algumas medidas sanitárias. Além disso, no Brasil temos o problema da fome, que enfraquece o organismo, aumentando o poder devastador de qualquer doença.No que diz respeito ao estômago, este é um planeta enfraquecido: dos 5,2 bilhões de habitantes, 3 bilhões são subnutridos, ou seja, trinta a cinqüenta vezes mais sujeitas a morrer por causa de uma infecção. Amato só desanima quando o assunto é Aids : Trata-se de uma infecção com características muito especiais, garante. Por mais que o governo desenvolva meios de controle, como o exame do sangue doado em bancos, não se pode garantir que as pessoas estejam levando a sério os cuidados a respeito da própria vida sexual. Além disso, no caso dos drogados, um dos principais grupos de risco, eles parecem não ouvir ninguém. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 75% das pessoas infectadas pelo vírus da Aids são heterossexuais. Em um país com tradição machista, como o Brasil, as coisas ficam mais difíceis. A troca constante de parceiros é encarada com naturalidade. Se continuar nesse ritmo, a Aids matará mais pessoas do que as pestes do passado, afirma. Seu colega de consultório, o infectiologista David Éverson Uip é mais otimista: Acho absurdo que o número de casos continue aumentando, diz, num tom francamente espantado. O simples uso da camisinha pode evitar a epidemia.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O que foi o Caso Varginha?

Em 20 de janeiro de 1996, após muita movimentação nos bastidores, pelo menos dois e talvez até cinco alienígenas foram capturados por militares brasileiros na cidade de Varginha, sul de Minas Gerais. Um dos seres foi visto por três testemunhas na área urbana. Os ETs eram baixos, com três saliências na cabeça, pele marrom muito oleosa e grandes olhos vermelhos; um deles, porém, era peludo. Na noite anterior, um casal viu uma nave em baixa velocidade, parecendo ter problemas, na zona rural da cidade. Os ufólogos que investigaram o caso conseguiram depoimentos secretos dos próprios militares envolvidos na operação, divulgando nomes para a imprensa e como as criaturas foram capturadas, levadas para hospitais de Varginha e transferidas para laboratórios subterrâneos na Unicamp, em Campinas (SP).

quarta-feira, 16 de julho de 2008

O que foi o Caso Roswell?

No começo de julho de 1947, um fazendeiro encontrou em suas terras, nos arredores da pequena Roswel, no Novo México (EUA) estranhos destroços. Tinha ocorrido dias antes uma forte tempestade magnética. Havia milhares de fragmentos espalhados; o material parecia papel alumínio, mas era extremamente resistente. Ele levou alguns à base aérea local (na época, a única no mundo cujos aviões eram armados com bombas atômicas). O comandante da base anunciou à imprensa que haviam pela primeira vez recolhido destroços de um disco voador - os avistamentos tinham começado semanas antes e agitavam o país. A queda foi notícia no mundo todo, mas imediatamente os militares montaram uma farsa, alegando que na verdade o objeto acidentado era um balão. O caso ficou no esquecimento por cerca de 30 anos, até 1978. Com as investigações, apurou-se que o que o fazendeiro achou era uma pequena parte; uma nave caiu, e vários corpos de alienígenas tinham sido recuperados, além de um que teria permanecido vivo alguns anos. As implicações desse acontecimento foram enormes.