domingo, 23 de março de 2008

30 dicas para escrever bem.

1. Deve evitar ao máx. a utiliz. de abrev., etc.

2. É desnecessário fazer-se empregar de um estilo de escrita demasiadamente rebuscado. Tal prática advém de esmero excessivo que raia o exibicionismo narcisístico.

3. Anule aliterações altamente abusivas.

4. não esqueça as maiúsculas no inicio das frases.

5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz.

6. O uso de parêntesis (mesmo quando for relevante) é desnecessário.

7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.

8. Evite o emprego de gíria. Ninguém merece isso, mesmo que pareça maneiro, valeu?

9. Nunca use palavras de baixo calão, porra! Elas podem transformar o seu texto numa merda.

10. Nunca generalize: generalizar é um erro em todas as situações.

11. Evite repetir a mesma palavra pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição
da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.

12. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: “Quem cita os outros não tem idéias próprias”.

13. Frases incompletas podem causar

14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez, ou por outras palavras, não repita a mesma idéia várias vezes.

15. Seja mais ou menos específico.

16. Frases com apenas uma palavra? Jamais!

17. A voz passiva deve ser evitada.

18. Utilize a pontuação corretamente o ponto e a vírgula especialmente será que ninguém mais sabe utilizar o ponto de interrogação

19. Quem precisa de perguntas retóricas?

20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas.

21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação.

22. Evite mesóclises. Repita comigo: “mesóclises: evitá-las-ei!”

23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.

24. Não abuse das exclamações! Nunca! O seu texto fica horrível!

25. Evite frases exageradamente longas pois estas dificultam a compreensão da idéia nelas
contida e, por conterem mais que uma idéia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçam, desta forma, o pobre leitor a separá-la nos seus diversos componentes de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.

26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língúa portuguêza.

27. Seja incisivo e coerente, ou não.

28. Não fique escrevendo no gerúndio. Você vai estar deixando seu texto pobre e estar causando ambigüidade - e esquisito, vai estar ficando com a sensação de que as coisas ainda estão
acontecendo.

29. Outra barbaridade que tu deves evitar é usar muitas expressões que acabem por denunciar a região onde tu moras, carajo!

30. Não permita que seu texto acabe por rimar, porque senão ninguém irá agüentar, já que é insuportável o mesmo final escutar o tempo todo sem parar.

Como identificar um cliente ruim.

A melhor hora para identificar um cliente ruim é antes de assinar um contrato. Se o prestador de serviços souber captar alguns sinais logo na reunião inicial, ou na primeira semana de contato, pode economizar centenas de horas posteriores de stress, falta de produtividade e desrespeito.


Acenda o alerta vermelho quando um cliente inicial manifestar comportamentos como este:


Ele requer várias reuniões ou longas horas de telefonema para discutir o processo antes mesmo de assinar o contrato.

Reuniões de definição de projeto deveriam ser como uma entrevista de emprego: uma ou duas e já se define o que deve ser feito, como e por quanto. Se antes de assinar o contrato ou emitir o primeiro cheque seu cliente já comprometeu muitas horas do seu tempo além do necessário, você não faz idéia de quantas ele vai torrar nos próximos meses.

No meio do processo, ele traz um amigo palpiteiro

Experiência de vida: logo na primeira reunião, é preciso decidir quem é a pessoa dentro da empresa-cliente que irá definir o escopo do projeto e tomar decisões. Se na primeira reunião há duas ou mais pessoas cheias de idéias do outro lado da mesa, faça um resumo das idéias discutidas e consonantes, como se fosse uma ata de condomínio e, se fechar o preço e o prazo, deixe bem claro no contrato que estas condições se vinculam ao estrito cumprimento deste escopo, e que qualquer nova idéia brilhante terá de ser reavaliada junto com o custo.

Detalhes ou escopo do projeto mudam durante o desenvolvimento

É neste ponto que os profissionais liberais e freelancers choram as mágoas por não terem firmado um contrato detalhado logo no início. Você já está amarrado ao cliente, ele começa a pesquisar (ou receber palpites) e tem idéias brilhantes a cada reunião. Se há um contrato bem escrito, use-o como escudo e para cada nova sugestão, responda com custo adicional e mais prazo, se a idéia for factível.

Se o contrato foi mal elaborado ou apenas verbal, o que infelizmente acontece, é hora de aprender a dizer não, e a defender seus próprios interesses. Este é o pior cenário, pois clientes como estes são egocêntricos ao extremo, e se não conseguirem usar o seu tempo como se fosse um serviçal particular, vão saindo falar mal depois de qualquer maneira.
Veja isso como uma escola para seu próximo contrato.

Seu cliente usa palavras técnicas que não entende

Muita calma nessa hora. Na primeira reunião seu cliente conhece os jargões técnicos do seu segmento e você até fica contente, pois está conversando com um quase colega , que não precisa ouvir tudo mastigado, que já sabe quanto custa a tecnologia, e o que cada sigla significa e pode fazer.

Pura ilusão.

Na maior parte das vezes, este cliente pseudo expert terá passado os olhos no caderno de tecnologia da Folha de São Paulo meia dúzia de vezes, e realmente não tem idéia do que representa cada sigla que declama na mesa de reunião.

Ao menos que ele realmente demonstre um conhecimento sólido, aja como se estivesse diante de um leigo: explique os conceitos detalhadamente, e demonstre com clareza o que o seu serviço pode fazer e por que custa o que custa. Subtender que o cliente realmente entende do ramo por usar o palavreado técnico pode resultar em reuniões imprecisas e contratos obscuros.

Ele não respeita o seu tempo

Junto com caloteiros, pilantras e genocidas, este é o pior tipo de cliente que se pode encontrar.

Se além de reuniões desnecessárias (sempre na empresa dele, porque o tempo e custo de locomoções e chá de cadeira dele conta, o seu não) e telefonemas intermináveis, seu novo cliente o bombardeia com emails e convites para conversa no MSN… em suma: ele não respeita o seu tempo, o que em setor de serviços significa que atendê-lo vai dar prejuízo.

Uma prática que deveria ser mais difundida é estimar no contrato o número de horas requeridas para desenvolvimento do projeto, com um detalhado cronograma de reuniões. Embora uma tabela deste tipo não possa ser seguida à risca, serve como referência para alertar o cliente de que ele está extrapolando em suas requisições, e que não é sua função satisfazer todas as suas expectativas.

E se você já caiu nas garras deste cliente?

Se já perdeu horas de trabalho suficientes para comprar um iate, mas já vê uma luz no fim do túnel, apresente-se para (mais uma) reunião crucial com um check-list e um cronograma de conclusão. Vire madrugada se necessário, mas conclua.

Se a luz está distante, às vezes é melhor assumir a responsabilidade pelo fracasso do projeto enquanto a bola de neve ainda não se transformou em um desastre completo. Às vezes é muito mais vantajoso engolir o prejuízo que perpetuar um relacionamento comercial desta natureza.

E da próxima vez, olho no contrato.

quarta-feira, 19 de março de 2008

A Grande Depressão (Crise de 29).

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A fotografia Migrant Mother, uma das fotos americanas mais famosas da década de 1930, mostrando Florence Owens Thompson, mãe de sete crianças, de 32 anos de idade, em Nipono, Califórnia, março de 1936, em busca de um emprego ou de ajuda social para sustentar sua família. Seu marido havia perdido seu emprego em 1931, e morrera no mesmo ano.


A Grande Depressão, também chamada por vezes de Crise de 1929, foi uma grande recessão econômica que teve início em 1929, e que persistiu ao longo da década de 1930, terminando apenas com a Segunda Guerra Mundial. A Grande Depressão é considerada o pior e o mais longo período de recessão econômica do século XX. Este período de recessão econômica causou altas taxas de desemprego, quedas drásticas do produto interno bruto de diversos países, bem como quedas drásticas na produção industrial, preços de ações, e em praticamente todo medidor de atividade econômica, em diversos países no mundo.

O dia 29 de outubro de 1929 é considerado popularmente o início da Grande Depressão, mas a produção industrial americana já havia começado a cair a partir de julho do mesmo ano, causando um período de leve recessão econômica que estendeu-se até 29 de outubro, quando valores de ações na bolsa de valores de Nova Iorque, a New York Stock Exchange, caíram drasticamente, desencadeando a Quinta-Feira Negra. Assim, milhares de acionistas perderam, literalmente da noite para o dia, grandes somas em dinheiro. Muitos perderam tudo o que tinham. Esta quebra na bolsa de valores de Nova Iorque piorou drasticamente os efeitos da recessão já existente, causando grande inflação e queda nas taxas de venda de produtos, que por sua vez obrigaram o fechamento de inúmeras empresas comerciais e industriais, elevando assim drasticamente as taxas de desemprego.

Os efeitos da Grande Depressão foram sentidos no mundo inteiro. Estes efeitos, bem como sua intensidade, variaram de país a país. Outros países, além dos Estados Unidos, que foram duramente atingidos pela Grande Depressão foram a Alemanha, Austrália, França, Itália, o Reino Unido e especialmente o Canadá. Porém, em certos países pouco industrializados naquela época, como a Argentina e o Brasil, a Grande Depressão acelerou o processo de industrialização.

Os efeitos negativos da Grande Depressão atingiram seu ápice nos Estados Unidos em 1933. Neste ano, o Presidente americano Franklin Delano Roosevelt aprovou uma série de medidas conhecidas como New Deal. Essas políticas econômicas, adotadas quase simultaneamente por Roosevelt nos Estados Unidos e por Hjalmar Schaact [1] na Alemanha nazista foram, 3 anos mais tarde, racionalizadas por Keynes em sua obra clássica [2].

O New Deal, juntamente com programas de ajuda social realizados por todos os estados americanos, ajudou a minimizar os efeitos da Depressão a partir de 1933. A maioria dos países atingidos pela Grande Depressão passaram a recuperar-se economicamente a partir de então. Em alguns países, a Grande Depressão foi um dos fatores primários que ajudaram a ascensão de regimes de extrema-direita, como os nazistas comandados por Adolf Hitler na Alemanha. O início da Segunda Guerra Mundial terminou com qualquer efeito remanescente da Grande Depressão nos principais países atingidos.
Índice


* 1 Causas da Grande Depressão
* 2 Quebra na Bolsa de Valores de Nova Iorque
* 3 A Grande Depressão nos Estados Unidos da América
o 3.1 Combate à Grande Depressão e o fim da recessão nos EUA
* 4 A Grande Depressão em outros países
o 4.1 Canadá
o 4.2 Reino Unido
o 4.3 Alemanha
o 4.4 Outros países
* 5 A vida durante a Grande Depressão
* 6 Legado
* 7 Bibliografia
* 8 Referências
* 9 Ver também
* 10 Ligações externas

Causas da Grande Depressão

Economistas, historiadores e cientistas políticos têm criado diversas teorias para a causa, ou causas, da Grande Depressão, com supreendente pouco consenso. A Grande Depressão permanece como um dos eventos mais estudados da história da economia mundial. Teorias primárias incluem a quebra da bolsa de valores de 1929, a decisão de Winston Churchill em fazer com que o Reino Unido passasse a usar novamente o padrão-ouro em 1925, que causou massiva deflação ao longo do Império Britânico, o colapso do comércio internacional, a aprovação do Ato da Tarifa Smoot-Hawley, que aumentou os impostos de cerca de 20 mil produtos no país, a política da Reserva Federal dos Estados Unidos da América, e outras influências.

Segundo teorias baseadas na economia capitalista concentram-se no relacionamento entre produção, consumo e crédito, estudado pela macro-economia, e em incentivos e decisões pessoais, estudado pela micro-economia. Estas teorias são feitas para ordenar a sequência dos eventos que causaram eventualmente a implosão do sistema monetário do mundo industrializado e suas relações de comércio. Outras teorias heterodoxas sobre a Grande Depressão foram criadas, e gradualmente estas teorias passaram a ganhar credibilidade. Estas teorias incluem a teoria da atividade de longo ciclo e que a Grande Depressão foi um período na intersecção da crista de diversos longos e concorrentes ciclos.

Mais recentemente, uma das teoria mais aceitas entre economistas é que a Grande Depressão não foi causada primariamente pela quebra das bolsas de valores de 1929, alegando que diversos sinais na economia americana, nos meses, e mesmo anos, que precederam à Grande Depressão, já indicavam que esta Depressão já estava a caminho nos Estados Unidos e na Europa. Atualmente, a teoria mais em voga entre os economistas é de Peter Temin. Segundo Temin, a Grande Depressão foi causada por política monetária catastroficamente mal planejada pela Reserva Monetária dos Estados Unidos da América, nos anos que precederam a Grande Depressão. A política de reduzir as reservas monetárias foi uma tentativa de reduzir uma suposta inflação, o que de fato somente agravou o principal problema na economia americana à época, que não era a inflação e sim a deflação.

Quebra na Bolsa de Valores de Nova Iorque

Ver artigo principal: Quinta-Feira Negra

Em 24 de outubro de 1929, os preços das ações na Bolsa de Valores de Nova Iorque caíram subitamente. Estes preços estabilizaram-se ao longo do final de semana, para caírem drasticamente novamente na segunda feira, 28 de outubro. Muitos acionistas passaram a entrar em pânico. Cerca de 16,4 milhões de ações subitamente entraram à venda na terça feira, 29 de outubro, dia atualmente conhecido como Quinta-Feira Negra. O excesso de ações à venda e a falta de compradores fizeram com que os preços destas ações caísse em cerca de 80%. Com isto, milhares de pessoas perderam grandes somas em dinheiro. Os preços destas ações continuaria a flutuar, caindo gradativamente nos próximos três anos. As milhares de pessoas que tinham todas as suas riquezas na forma de ações eventualmente perderiam tudo o que tinham.

A súbita quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque causou grande incerteza entre a população americana, quanto ao futuro do país. Muitos decidiram cortar gastos supérfluos. Outras pessoas, aquelas que haviam comprado produtos através de empréstimo e prestações, reduziram ainda mais seus gastos, e assim poder economizar dinheiro para efetuar seus pagamentos. A súbita queda nas vendas do setor comercial americano estendeu a recessão ao setor industrial e comercial dos Estados Unidos.

As altas taxas de juros dos Estados Unidos foram um dos fatores que estenderem a Grande Depressão à Europa. Os países europeus - especialmente aqueles que utilizavam-se do padrão-ouro, para manter um câmbio fixo com os Estados Unidos, foram obrigados a aumentar drasticamente suas próprias taxas de juros, o que levou à redução de gastos por parte dos comerciantes e habitantes destes países, que levou à quedas na produção industrial destes países.

A economia dos Estados Unidos da América entrou em uma fase de grande recessão econômica que perduraria até 1933. Até este ano, a economia dos Estados Unidos somente colapsaria. Durante este período, milhares de estabelecimentos bancários, financeiros, comerciais e industriais foram fechados. Outros foram obrigados a demitirem parte de seus trabalhadores e/ou a reduzir salários em geral.

A Grande Depressão nos Estados Unidos da América

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A Grande Depressão causou pobreza geral nos Estados Unidos e em diversos países do mundo. Aqui, família desempregada, vivendo em condições miseráveis, em Elm Grove, Califórnia, Estados Unidos.

Com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque de 1929, bancos e investidores perderam grandes somas em dinheiro. A situação dos bancos era agravada pelo fato que muitos destes bancos haviam emprestado grandes somas de dinheiro a fazendeiros. Após o início da Grande Depressão, porém, estes fazendeiros tornaram-se incapazes de pagar suas dívidas. Isto, por sua vez, causou a queda dos lucros destas instituições financeiras. Pessoas que utilizavam-se de bancos, temendo uma possível falência destas, removeram seus fundos destes bancos. Assim, várias instituições bancárias foram fechadas. O total de instituições bancárias fechadas durante a década de 1920 e de 1930 foi de 14 mil.

Em 17 de maio de 1930, o governo dos Estados Unidos aprovou uma lei, o Ato Tarifário Smoot-Hawley, que aumentava as tarifas alfandegárias em cerca de 20 mil itens não-perecíveis estrangeiros. O Presidente americano Herbert Hoover pedira ao Congresso uma diminuição nos impostos, mas o Congresso, ao invés disto, votou a favor do aumento dos impostos. Um abaixo-assinado, assinado por mil economistas, pediu ao presidente americano rejeitar este aumento. Apesar disto, Hoover assinou o Ato em 17 de maio. O Congresso e o Presidente acreditavam que isto iria reduzir a competição de produtos estrangeiros no país. Porém, outros países reagiram através da aprovação de leis e atos semelhantes, assim causando uma queda súbita nas exportações americanas. As taxas de desemprego subiram de 9% em 1930 para 16% em 1931, e 25% em 1933. Durante a década de 1930, a taxa de desemprego nos Estados Unidos não retornaria mais às taxas de 9% de 1930, se mantendo em perto da casa dos 20%.

Com o crescente fechamento de instituições bancárias, menos fundos estavam disponíveis no mercado americano, fazendo com que a produção industrial americana continuasse a cair. Em 1929, o valor total dos produtos industrializados fabricados nos Estados Unidos foi de 104 bilhões de dólares. Em 1933, este valor havia caído para 56 bilhões, uma queda de aproximadamente 45%. A produção de aço caiu em cerca de 61%, entre 1929 e 1933, e a produção de automoveís caiu em cerca de 70% no mesmo periodo.

1933 foi o ápice da Grande Depressão nos Estados Unidos da América. As taxas de desemprego eram de 25% (ou um quarto de toda a força de trabalho americana). Cerca de 30% dos trabalhadores que continuaram nos seus empregos foram obrigados a aceitar reduções em seus salários, embora grande parte dos trabalhadores empregados tenham tido um aumento nos seus salários por hora. Outro problema enfrentado foi a grande deflação - queda do preço dos produtos e custo de vida em geral. Entre 1929 e 1933, os preços dos produtos industrializados não-pericíveis em geral nos Estados Unidos caíram em cerca de 25%. Já o preço de produtos agropecuários caiu em cerca de 50%, por causa do excedente da produção destes produtos - primariamente trigo. A quantidade destes produtos à venda excedia facilmente a demanda, o que causou uma queda dos preços destes dados produtos. Os baixos preços levaram ao endividamento de muitos destes fazendeiros.

Combate à Grande Depressão e o fim da recessão nos EUA

Ver artigo principal: New Deal

O Presidente americano Herbert Hoover acreditava que o comércio, se não supervisionado pelo governo, iria eventualmente minimizar os efeitos da recessão econômica. Eventualmente, Hoover acreditava, a economia dos Estados Unidos iria recuperar-se, sem que a interveção do governo americano na economia do país fosse necessária. Hoover rejeitou diversas leis aprovadas pelo Congresso, alegando que davam ao governo americano poderes demais.

Hoover também acreditava que os governos dos estados americanos deveriam ajudar os necessitados. Muitos destes estados, porém, não tinham fundos suficientes para tal. Assim sendo, Hoover propôs a criação de um órgão governamental, o Reconstruction Finance Corportation (Corporação de Reconstrução Financeira), ou RFC, em 1932. Este órgão seria responsável por fornecer alguma ajuda financeira a empresas e instituições comerciais e industriais chave, como bancos, ferrovias e grandes empresas, acreditando que a falência destas instituições agravaria o efeito da Grande Depressão. No final de 1932, as eleições presidenciais americanas foram realizadas. Os dois principais candidatos foram Hoover e Franklin Delano Roosevelt. Muito da população americana acreditava que Hoover fora o principal causador da recessão, e/ou que pouco fizera para solucionar esta recessão. Roosevelt saiu-se vencedor da eleição, tornando-se Presidente dos Estados Unidos em 4 de março de 1933.

Roosevelt, ao contrário de Hoover, acreditava que o governo americano era a principal responsável para lutar contra os efeitos da Grande Depressão. Em uma sessão legislativa especial, sessão conhecida como Hundred Days ("Cem Dias"), Roosevelt, juntamente com o congresso americano, criaram e aprovaram uma série de leis que, por insistência do próprio Roosevelt, foram nomeadas de New Deal ("Novo Acordo"). Estas leis forneceriam ajuda social às famílias e pessoas que necessitassem, forneceriam empregos através de parcerias entre o governo, empresas e os consumidores, e reformou o sistema econômico e governamental americano, de modo a evitar que uma recessão deste gênero ocorresse futuramente.

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Fila de famílias esperando por ajuda financeira. Diversos programas de ajuda social foram criadas pelo governo dos Estados Unidos a partir de 1933.


Fila de famílias esperando por ajuda financeira. Diversos programas de ajuda social foram criadas pelo governo dos Estados Unidos a partir de 1933.

Diversas agências governamentais foram criadas para administrar os programas de ajuda social. A mais importante delas foi a Federal Agency Relief Administration, criada em 1933, que seria responsável pelo fornecimento de fundos aos governos estatais, para que estes empregassem estes fundos em programas de ajuda social. Outros órgãos governamentais similares foram criados com o intuito de fundear, administrar e/ou empregar trabalhadores na área de construção de aeroportos, escolas, hospitais, pontes e represas. Estes projetos federais forneceram milhões de empregos aos necessitados, embora as taxas de desemprego continuassem altas durante toda a década de 1930.

Outros órgãos foram criados com o intuito de admistrar programas de recuperação, como a Agricultural Adjustment Administration, criada em 1933 com o intuito de regular a produção de produtos agropecuários em uma dada fazenda. Outro órgão similar, o National Recovery Administration, criada em 1933, passou a enforçar leis anti-monopólio, estabeleceu salários mínimos e limites na carga horária de trabalho. Esta última agência, porém, foi fechada a mando do Congresso, em 1935, por pouco estimular o comércio americano.

Por fim, outros órgãos federais foram criados com o intuito de supervisionar reformas trabalhistas e financeiras. O Federal Deposit Insurance Corporation foi criado em 1933 com o intuito de promover transações e o comércio bancário. O Securities and Exchange Commission, criado em 1934, regulava o comércio de bolsa de valores e evitar com que acionistas comprassem ações que o órgão considerassem "perigosas". O National Labor Relations Board foi criado em 1935, com o intuito de regular sindicatos, e de proteger os trabalhadores e seus direitos. Ainda em 1935, um ato do governo americano, o Ato da Segurança Civil passou a fornecer pensões mensais para aposentados, bem como ajuda financeira regular por um certo período de tempo, para pessoas desempregadas.

O New Deal ajudou a minimizar os efeitos da Grande Depressão nos Estados Unidos da América. A economia americana gradualmente, mas lentamente, passou a recuperar-se, desde 1933. O governo americano também diminiu as tarifas alfandegárias em certos produtos estrangeiros, assim estimulando o comércio doméstico. Ao longo da década de 1930, os Estados Unidos gradualmente abandonaram o uso do padrão-ouro, decidindo ao invés disso, fortalecer a moeda nacional, o dólar, o que também ajudou na recuperação da economia americana. A produção de comodidades tais como automóveis voltaria aos patamares de 1929, porém, somente após o fim da guerra, como a produção de automóveis, por exemplo 1949 - a maior parte da matéria-prima à época possuía prioridade pela indústria bélica nacional.

Porém, apesar dos programas governamentais criados com o intuito de reduzir o desemprego, cerca de 15% da força de trabalho americana continuava desempregado em 1940. Foi necessário a entrada do país na Segunda Guerra Mundial para que as taxas de desemprego caíssem aos níveis de 1930, de 9%. A entrada do país na guerra acabou com os efeitos negativos da Grande Depressão, e a produção industrial americana cresceu drasticamente, e as taxas de desemprego caíram. No final da guerra, apenas 1% da força de trabalho americana estava desempregado. Perto do final da guerra, os Estados Unidos e todos os outros 44 países Aliados assinaram o que é conhecido como os Acordos de Bretton Woods, com o intuito de evitar futuramente uma nova crise monetária e econômica da escala da Grande Depressão.

A Grande Depressão em outros países

A Grande Depressão causou grande recessão econômica em diversos outros países que não os Estados Unidos da América. Em muito destes países, a recessão provocada pela Grande Depressão gerou efeitos similares na economia destes países, como o fechamento de milhares de estabelecimentos bancários, financeiros, comerciais e industriais, e a demissão de milhares de trabalhadores.

Os efeitos da Grande Depressão em vários países foram agravados pelo Ato Tarifário Smoot-Hawley, um ato americano introduzido em 1930, que aumentava impostos a cerca de 20 mil produtos não-pericíveis estrangeiros, que causou a aprovação de leis e atos semelhantes em outros países, reduzindo drasticamente exportações e o comércio internacional.

Em vários dos países afetados, partidos políticos extremistas, de caráter nacionalista, apareceram. Outros partidos políticos, de cunho comunista, também foram criados. No Reino Unido, por exemplo, tanto o Partido Comunista quanto o Partido Facista britânico receberam considerável suporte popular. O mesmo ocorreu com o Partido Comunista canadense.

Outros partidos políticos menos extremistas também surgiram. A grande maioria, se não todos, prometiam retirar o país (ou uma dada província/estado) da recessão. O Partido do Crédito Social do Canadá, de cunho conservador ganhou grande suporte popular em Alberta, província canadense severamente afetada pela Grande Depressão. Em alguns destes países, partidos extremistas foram proibidos, como no Canadá. Outros partidos políticos extremistas, porém, conseguiram chegar ao poder, notavelmente os nazistas na Alemanha e os facistas na Itália.

Canadá

Entre a década de 1900 e a década de 1920, o Canadá possuía a economia em mais rápido crescimento do mundo, tendo passado por apenas um período de recessão após a Primeira Guerra Mundial. Ao contrário dos Estados Unidos da América, onde o crescimento exuberante da economia americana era em grande parte apenas ilusório, a economia do Canadá prosperou verdadeiramente durante a década de 1920. Enquanto a indústria imobiliária dos Estados Unidos havia estagnado em volta de 1925, esta indústria continuou forte no Canadá até maio de 1929. O mesmo podia se dizer da indústria agropecuária, que ao longo da década de 1920 esteve em pleno crescimento no Canadá, enquanto nos Estados Unidos este setor entrara em recessão econômica.

O principal produto de exportação do Canadá, à época, era o trigo. Este produto era então um dos pilares da economia do país. Em 1922, o Canadá era o maior exportador de trigo do mundo, e Montréal era o maior centro portuário exportador de trigo do mundo. Entre 1922 e 1929, o Canadá foi responsável por 40% de todo o trigo comercializado no mundo. As exportações de trigo ajudaram a fazer do Canadá um dos líderes mundiais do comércio internacional, com mais de um terço de seu produto interno bruto tendo origem no comércio internacional.

O sucesso do trigo canadense era baseada, porém, em problemas que afligiam outros países no mundo. A Primeira Guerra Mundial devastou a produção agropecuária dos países europeus. Mais importante foi, porém, a Revolução Russa de 1917, que manteve o trigo russo fora do mercado mundial. Em torno de 1925, a gradual recuperação da economia e da agropecuária da Europa Ocidental, bem como uma nova política econômica na Rússia, fez com que a produção mundial de trigo aumentasse no mundo, assim diminuindo os preços do produto. Esperando por um rápido retorno aos altos preços, os fazendeiros e comerciantes canadenses estocaram muito de seu trigo, ao invés de reduzirem sua produção. A introdução de maquinário, especialmente o trator, levou ao crescimento da produção de trigo tanto no Canadá quanto nos Estados Unidos. Todos estes fatores em conjunto desencadearam um colapso dos preços do trigo em junho de 1929, destruindo a economia de Alberta, Saskatchewan e Manitoba, e afetando severamente a economia de Ontário e Quebec.

A parte dos Estados Unidos da América, o Canadá foi o país mais duramente atingido pela Grande Depressão. O Canadá, ainda oficialmente parte do Império Britânico, usava ativamente o padrão-ouro. Isto, aliado com os estreitos laços econômicos existentes entre o Canadá e os Estados Unidos (muito dos produtos fabricados no Canadá eram exportados para os Estados Unidos, por exemplo), fez com que o colapso da economia americana após a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque rapidamente afetasse o Canadá. O colapso econômico canadense é considerado o segundo mais acentuado da Grande Depressão, atrás somente do colapso da economia do próprio Estados Unidos da América.

A economia do Canadá também dependia da exportação de certos produtos industrializados tais como automóveis. Com a Grande Depressão, as exportações canadenses aos Estados Unidos caíram drasticamente. O colapso dos preços do trigo fizeram com que muitos fazendeiros canadense endividassem-se pesadamente. Os fazendeiros no Alberta e no Saskatchewan sofreram, além disso, com grandes períodos de seca e de constante ataque de pragas tais como enxames de gafanhotos. A queda na produção industrial canadense, por sua vez, significou a demissão de grandes quantidades de trabalhadores.

A economia do Canadá tinha algumas vantagens sobre outros países, especialmente seu sistema bancário extremamente estável. Antes e ao longo da Grande Depressão, apenas um único estabelecimento bancário canadense faliu, em comparação aos nove mil que faliram somente ao longo da Grande Depressão. A economia do Canadá foi atingida duramente pela Grande Depressão primariamente por causa de sua dependência em relação ao trigo e produtos industrializados, mas também por causa da dependência da economia do canadense em relação às exportações de produtos canadenses para os Estados Unidos. A primeira reação de vários países, incluindo os Estados Unidos, quando a Grande Depressão teve início, foi de aumentar impostos. Isto causou mais danos à economia do Canadá do que para outros países no mundo.

Richard Bedford Bennett, que atuou como Primeiro-ministro do Canadá entre 1930 e 1935, tentou minimizar os efeitos da Grande Depressão no país, inclusive, através da introdução de uma New Deal semelhante aos dos Estados Unidos, implementado em 1934. Porém, a economia do país continuou mal e somente passou a recuperar-se muito lentamente a partir de 1934.

Em 1933, 30% da força de trabalho canadense estava desempregado, deflação ocorreu, reduzindo salários e preços de produtos e reduziu investimentos. Em 1932, a produção industrial canadense havia caído para 58%, em relação à produção industrial em 1929. Enquanto isto, o PIB canadense havia caído em cerca de 42%, em relação ao PIB do país em 1929. Apesar de ter passado por um período de curto e pequeno crescimento econômico entre 1934 e 1937 - que nem de longe foi suficiente para atenuar os efeitos causados pela Depressão - a economia do Canadá entrou novamente em uma grande recessão em 1937. Foi somente com a entrada do país na Segunda Guerra Mundial, em 1939, que os efeitos da Grande Depressão teriam fim no país.

Reino Unido

O Reino Unido saiu-se vencedor na Primeira Guerra Mundial. Porém, a guerra e a destruição causada pela última destruíram a economia britânica. Desde 1921, a economia do Reino Unido lentamente recuperou-se da guerra, e da recessão causada por esta. Mas em abril de 1925, o chancellor britânico Winston Churchill, respondendo a um conselho do Banco da Inglaterra, fixou o valor da moeda nacional ao padrão-ouro, à taxa pré-guerra, de 4,86 dólares. Isto fez o valor da moeda britânica convertível ao seu valor em ouro, mas causou também o encarecimento dos produtos exportados pelo Reino Unido a outros países. A recuperação econômica do Reino Unido caiu drasticamente, o que causou redução de salários no país inteiro, debilitando a economia nacional.

Quando a Grande Depressão teve início nos Estados Unidos, em 1929, diversos países no mundo inteiro criaram ou aumentaram tarifas alfandegárias, o que causou uma grande diminuição nas exportações de produtos britânicos. A taxa de desemprego saltou de 8% para 20% no final de 1930. O Reino Unido cortou gastos públicos - que incluíram fundos dados para programas de ajuda social aos desempregados. Em 1931, mais cortes em salários e programas de ajuda social foram realizadas, e o imposto de renda nacional, foi aumentado. Estas medidas somente pioraram a situação socio-econômica do país, e em 1932, ápice da Grande Depressão no Reino Unido, as taxas de desemprego eram de 25%. Foi somente com o abandono do padrão-ouro e a instalação de tarifas alfandegárias para produtos importados de qualquer país que não fossem parte do Império Britânico, que a economia britânica passou a gradualmente recuperar-se.

Alemanha

A Alemanha foi derrotada pela Tríplice Entente na Primeira Guerra Mundial. A Entente cobrou pesadas indenizações de guerra por parte dos alemães - que em dólares americanos atuais seriam da ordem dos trilhões de dólares - entre outras pesadas punições impostas pelo Tratado de Versalhes. Começa então o perído da história alemã chamado por historiadores como República de Weimar. Os anos da década de 1920 foram caracterizadas por massiva inflação em 1923 e o grande aumento da dívida externa do país entre 1925 e 1930.

Quando a Grande Depressão teve início em 1929, o governo alemão acreditou que cortes em gastos públicos iriam estimular o crescimento econômico do país, assim cortando drasticamente gastos estatais, incluindo no setor social. O governo alemão esperava e acreditava que a recessão, inicialmente, iria deteriorar a Alemanha socio-economicamente, esperando com o tempo, porém, a melhoria da estrutura socio-econômica do país, sem intervenção do governo. A República de Weimar cortou completamente todos os fundos públicos ao programa de ajuda social para desempregados - o que resultou em maiores contribuições pelos trabalhadores e menores benefícios aos desempregados - entre outros cortes no setor social. Quando a recessão chegou ao seu auge em 1932, a República de Weimar perdera toda sua credibilidade junto à população alemã, fator que facilitou a ascenção do fuhrer Adolf Hitler no governo do país, em 1933, marcando o fim da República de Weimar e o início de um período de crescimento socio-economico alemão, conhecido como III Reich.

Outros países

Na França, a Grande Depressão atingiu o país um pouco mais tardiamente do que outros países, em torno de 1931. Como o Reino Unido, a França estava ainda recuperando-se da Primeira Guerra Mundial, tentando sem muito sucesso recuperar os pagamentos que possuía direito da Alemanha. Isto levou à ocupação do Ruhr por forças francesas no início da década de 1920. A ocupação francesa do Ruhr não fez com que a Alemanha retomasse os seus pagamentos, levando à implementação do Plano Dawes em 1924, e do Plano Young em 1929. Porém, a Grande Depressão teve drásticos efeitos na economia local, e explica em parte os motins de 6 de fevereiro de 1934 e a formação da Frente Popular, liderada pelo socialista Léon Blum, que venceu as eleições de 1936.

Por causa da Grande Depressão, o comércio internacional de produtos caiu drasticamente. A Austrália, que dependia da exportação de trigo e algodão, foi um dos países mais severamente atingidos pela Depressão no Mundo Ocidental. A taxa de desemprego alcançou um recorde de 29% em 1932, uma das mais altas do mundo até os dias atuais. As exportações de produtos agrários e minérios, tais como café, trigo e cobre, de países da América Latina, caiu de 1,2 bilhão de dólares em 1930 para 335 milhões de dólares em 1933, aumentando para 660 milhões de dólares em 1940. Os efeitos da crise fizeram com que em alguns destes países, muitos agricultores passassem a investir seu capital na manufatura, causando a industrialização destes países, em especial, a Argentina e o Brasil. Neste segundo país, aliás, a industrialização se acelerou com a perda de poder político dos cafeicultores paulistas, fenômeno consolidado com a vitoriosa Revolução de 30.

A Ásia também foi afetada negativamente com a Grande Depressão, por causa da dependência da economia de diversos países asiáticos em relação à exportação de produtos agrários à Europa e à América do Norte. O comércio internacional asiático caiu drasticamente, à medida em que os Estados Unidos e a Europa foram cercadas pela recessão. Instalações comerciais e industriais asiáticas responderam através de demissões e redução nos salários. O PIB do Japão, com uma base industrial em crescimento, sofreu uma queda de 8% entre 1929 e 1930. As taxas de desemprego e de pobreza cresceram drasticamente, afetando desproporcionalmente as classes inferiores. Esta foi uma das causas da ascensão do nacionalismo japonês. O Japão recuperou-se da crise em 1932.

A vida durante a Grande Depressão


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O desemprego fez com que milhões de pessoas, inclusive famílias inteiras, ficassem desabrigadas, especialmente nos Estados Unidos e no Canadá. Aqui, uma família sem-teto de sete pessoas, caminhando em Brawley, Condado de Imperial, Califórnia, EUA.

O desemprego fez com que milhões de pessoas, inclusive famílias inteiras, ficassem desabrigadas, especialmente nos Estados Unidos e no Canadá. Aqui, uma família sem-teto de sete pessoas, caminhando em Brawley, Condado de Imperial, Califórnia, EUA.


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Hooverville em Oregon, EUA.


A maior parte da população dos países mais afetados pela Grande Depressão cortaram todo e qualquer tipo de gasto considerado supérfluo, agravando os efeitos da recessão na economia destes países.

Por causa da Grande Depressão, milhões de pessoas nas cidades perderam seus empregos, nos países mais atingidos pela recessão. Sem fonte de renda, estas pessoas não tinham mais como sustentar-se a si próprios e suas famílias. A maioria das residências destas famílias, por sua vez, eram alugadas ou, ainda estavam sendo pagas através de prestações. Como consequência, milhares de famílias eventualmente foram expulsas de suas residências, por não terem como pagar os aluguéis ou as prestações de sua casa. Além disso, o desemprego fez com que a subnutrição tornasse-se comum entre a população dos países mais atingidos. Milhares de pessoas morreram por causa da subnutrição.

Algumas pessoas e famílias sem fonte de renda mudaram-se para a residência de parentes, quando perdiam suas residências. A maioria destas famílias, porém, instalaram-se em favelas. Abrigos rústicos feitos com telas de metais, madeira e papelão tornaram-se comuns em áreas vadias das grandes cidades dos países mais atingidos. As condições de vida nestas favelas eram precárias.

A indústria agropecuária de diversos países - especialmente os Estados Unidos e o Canadá - foi duramente atingida pela Grande Depressão. Nos Estados Unidos, muitos fazendeiros endividaram-se pesadamente, e vários foram forçados a cederem suas terras para instituições bancárias. Na Califórnia, no centro-norte dos Estados Unidos e no centro-oeste do Canadá, grandes períodos de seca, invernos rigorosos e pestes agravaram a recessão econômica já existente nestas regiões. Muitos dos jovens das áreas rurais abandonaram suas fazendas e suas famílias, e buscaram a sorte nas cidades. Estas pessoas, juntamente com muitas das pessoas desempregadas nas cidades, viajavam de cidade a cidade, pegando carona em trens de carga, em busca de emprego. Esta foi uma cena muito comum nos Estados Unidos e no Canadá.

Os chefes de estado e outras pessoas importantes dos países atingidos passaram a ser frequentemente considerados diretamente culpados pelo início da Grande Depressão por muito da população atingida pela recessão. As favelas dos Estados Unidos foram apelidadas de Hoovervilles, em uma sátira da população americana ao presidente Herbert Hoover. No Canadá, muitos donos de automóveis apelidaram seus veículos de Bennett Buggies - Carroças Bennett - em uma sátira ao Primeiro-Ministro Richard Bennett. Isto porque estas pessoas não tinham como adquirir o combustível necessário para abastecer seus veículos, ou cortaram a compra de combustível por considerarem um gasto supérfluo. Estes veículos passaram a serem usados como carroças, puxados por cavalos ou outros equinos.

Nem todos as pessoas sofreram igualmente com a Grande Depressão. Paras pessoas que conseguiram manter seus empregos os países mais afetados pela recessão, ou que dispunham de uma poupança considerável, o padrão de vida não mudou muito. Apesar que muitos trabalhadores sofreram de cortes consideráveis em seus salários, a deflação fez com que os preços de produtos em geral caísse drasticamente. Ao longo da Grande Depressão, os preços da maioria dos produtos de consumo manteve-se muito baixo nos países mais afetados.

Por outro lado, muitos afro-americanos nos Estados Unidos não conseguiam emprego, especialmente no sul americano, por causa de discriminação racial. Empregos eram dados primariamente aos brancos. Por isto, em todo os Estados Unidos, a taxa de desemprego entre a população afro-americana foi muito maior do que o da população branca. Mulheres com famílias para sustentar também dificilmente encontravam empregos, uma vez que a prioridade era dada para trabalhadores do sexo masculino, e que a discriminação contra mulheres trabalhadoras aumentou.

Grupos étnicos minoritários - especialmente imigrantes - dos países mais atingidos passaram a serem discriminados por muito da população dos países mais afetados. Estes grupos étnicos eram discriminados porque, na visão de várias pessoas dos países afetados pela Grande Depressão, estes grupos étnicos competiam com a "população nativa" dos países atingidos por empregos. Isto, aliado à forte recessão econômica da década de 1930, fez com que as taxas de imigração caíssem sensivelmente no Canadá e nos Estados Unidos.

Legado

Após o fim da Grande Depressão, muitos dos países mais severamente atingidos passaram a fornecer maior assistência social e econômica aos necessitados. Por exemplo, o New Deal dava ao governo americano maior poder para fornecer esta ajuda para estes necessitados, bem como para aposentados.

A Grande Depressão gerou grandes mudanças na política econômica em vários dos países envolvidos. Anteriormente à Grande Depressão, por exemplo, o governo dos Estados Unidos da América pouco intervinha na economia do país. Executivos financeiros e grandes magnatas comerciantes eram vistos como líderes nacionais. A Grande Depressão, porém, mudou as atitudes de diversas pessoas em relação ao comércio. Muitos passaram a favorecer maior controle da economia do país por parte do governo. Outras grupos, mais extremistas, favoreciam a instalação de um regime comunista de governo.

A história por trás das fotografias mais famosas do mundo.

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A famosa foto de Che Guevara, conhecida formalmente como "Guerrilheiro Heróico", onde aparece seu rosto com a boina negra olhando ao longe, foi tirada por Alberto Korda em cinco de março de 1960 quando Guevara tinha 31 anos num enterro de vítimas de uma explosão. Somente foi publicada sete anos depois.

O Instituto de Arte de Maryland - EUA denominou-a "A mais famosa fotografia e maior ícone gráfico do mundo do século XX". É, sem sombra de dúvidas, a imagem mais reproduzida de toda a história expressa um símbolo universal de rebeldia, em todas suas interpretações, (segue sendo um ícone para a juventude não filiada às tendências políticas principais).


A agonia de Omayra


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Omayra Sanchez foi uma menina vítima do vulcão Nevado do Ruiz durante a erupção que arrasou o povoado de Armero, Colômbia em 1985.

Omayra ficou três dias jogada sobre o lodo, água e restos de sua própria casa e presa aos corpos dos próprios pais. Quando os paramédicos de parcos recursos tentaram ajudá-la, comprovaram que era impossível, já que para tirá-la precisavam amputar-lhe as pernas, e a falta de um especialista para tal cirurgia resultaria na morte da menina. Omayra mostrou-se forte até o último momento de sua vida, segundo os paramédicos e jornalistas que a rodeavam.

Durante os três dias, manteve-se pensando somente em voltar ao colégio e a seus exames e a convivência com seus amigos.
O fotógrafo Frank Fournier, fez uma foto de Omayra que deu a volta ao mundo e originou uma controvérsia a respeito da indiferença do Governo Colombiano com respeito às vítimas de catástrofes. A fotografia foi publicada meses após o falecimento da garota.

Muitos vêem nesta imagem de 1985 o começo do que hoje chamamos Globalização, pois sua agonia foi vivenciada em tempo real pelas câmaras de televisão de todo o mundo.


A menina do Vietnã


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Em oito de junho de 1972, um avião norte-americano bombardeou a população de Trang Bang com napalm. Ali se encontrava Kim Phuc e sua família. Com sua roupa em chamas, a menina de nove anos corria em meio ao povo desesperado e no momento, que suas roupas tinham sido consumidas, o fotógrafo Nic Ut registou a famosa imagem.

Depois, Nic levou-a para um hospital onde ela permaneceu por durante 14 meses sendo submetida a 17 operações de enxerto de pele.

Qualquer um que vê essa fotografia, mesmo que menos sensível, poderá ver a profundidade do sofrimento, a desesperança, a dor humana na guerra, especialmente para as crianças.

Hoje em dia Pham Thi Kim Phuc está casada, com dois filhos e reside no Canadá onde preside a "Fundação Kim Phuc", dedicada a ajudar as crianças vítimas da guerra e é embaixadora da UNESCO.


Execução em Saigon


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"O coronel assassinou o preso; mas e eu... assassinei o coronel com minha câmara? - Palavras de Eddie Adams, fotógrafo de guerra, autor desta foto que mostra o assassinato, em um de fevereiro de 1968, por parte do chefe de polícia de Saigon, a sangue frio, de um guerrilheiro do Vietcong.

Adams, correspondente em 13 guerras, obteve por esta fotografia um prêmio Pulitzer; mas ficou tão emocionalmente tocado com ela que se converteu em fotógrafo paisagístico.


A menina Afegã


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Sharbat Gula foi fotografada quando tinha 12 anos pelo fotógrafo Steve McCurry, em junho de 1984. Foi no acampamento de refugiados Nasir Bagh do Paquistão durante a guerra contra a invasão soviética.

Sua foto foi publicada na capa da National Geographic em junho de 1985 e, devido a seu expressivo rosto de olhos verdes, a capa converteu-se numa das mais famosas da revista e do mundo.

No entanto, naquele tempo ninguém sabia o nome da garota. O mesmo homem que a fotografou realizou uma busca à jovem que durou exatos 17 anos. Em janeiro de 2002, encontrou a menina, já uma mulher de 30 anos e pôde saber seu nome. Sharbat Gula vive numa aldeia remota do Afeganistão, é uma mulher tradicional pastún, casada e mãe de três filhos. Ela regressou ao Afeganistão em 1992.


O homem do tanque de Tiananmen


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Também conhecido como o "Rebelde Desconhecido", esta foi a alcunha que foi atribuído a um jovem anônimo que se tornou internacionalmente famoso ao ser gravado e fotografado em pé em frente a uma linha de vários tanques durante a revolta da Praça de Tiananmen de 1989 na República Popular Chinesa.

A foto foi tirada por Jeff Widener, e na mesma noite foi capa de centenas de jornais, noticiários e revistas de todo mundo. O jovem estudante (certamente morto horas depois) interpôs se a duas linhas de tanques que tentavam avançar. No ocidente as imagens do rebelde foram apresentadas como um símbolo do movimento democrático Chinês: um jovem arriscando a vida para opor-se a um esquadrão militar.

Na China, a imagem foi usada pelo governo como símbolo do cuidado dos soldados do Exército Popular de Libertação para proteger o povo
chinês: apesar das ordens de avançar, o condutor do tanque recusou fazê-lo se isso implicava causar algum dano a um cidadão (hã hã).


Protesto silencioso


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Thich Quang Duc, nascido em 1897, foi um monge budista vietnamita que se sacrificou até a morte numa rua movimentada de Saigon em 11 de junho de 1963. Seu ato foi repetido por outros monges. Enquanto seu corpo ardia sob as chamas, o monge manteve-se completamente imóvel. Não gritou, nem sequer fez um pequeno ruído.

Thich Quang Duc protestava contra a maneira que a sociedade oprimia a religião Budista em seu país. Após sua morte, seu corpo foi cremado conforme à tradição budista. Durante a cremação seu coração manteve-se intacto, pelo que foi considerado como quase santo e seu coração foi transladado aos cuidados do Banco de Reserva do Vietnã como relíquia.


Espreitando a morte


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Em 1994, o fotógrafo Sudanês Kevin Carter ganhou o prêmio Pulitzer de foto jornalismo com uma fotografia tomada na região de Ayod (uma pequena aldeia em Suam), que percorreu o mundo inteiro.
A figura esquelética de uma pequena menina, totalmente desnutrida, recostando-se sobre a terra, esgotada pela fome, e a ponto de morrer, enquanto num segundo plano, a figura negra expectante de um abutre se encontra espreitando e esperando o momento preciso da morte da garota.

Quatro meses depois, abrumado pela culpa e conduzido por uma forte dependência às drogas, Kevin Carter suicidou-se.


The Falling Man


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The Falling Man é o título de uma fotografia tirada por Richard Drew durante os atentados do 11 de setembro de 2001 contra as torres gêmeas do WTC. Na imagem pode-se ver um homem atirando-se de uma das torres.

A publicação do documento pouco depois dos atentados irritou a certos setores da opinião pública norte-americana. Ato seguido, a maioria dos meios de comunicação se auto-censurou, preferindo mostrar unicamente fotografias de atos de heroísmo e sacrifício. Ah sim... Mas eles passaram exaustivamente na TV a morte de Saddam...


Triunfo dos Aliados


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Esta fotografia do triunfo dos aliados na segunda guerra, onde um soldado Russo agita a bandeira soviética no alto de um prédio, demorou a ser publicada, pois as autoridades Russas quiseram modificá-la. A bandeira era na verdade uma toalha de mesa vermelha e o soldado aparecia com dois relógios no pulso, possivelmente produto de saque.

Sendo assim foi modificada para que não ficase feio para os soviéticos.


Necessidade


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Soldados e aldeãos cavam sepulturas para as vítimas de um grande terremoto acontecido em 2002 no Irã enquanto um menino segura as calças do pai antes dele ser enterrado.


O beijo da Time Square


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O Beijo de despedida a Guerra foi feita por Victor Jorgensen na Times Square em 14 de Agosto de 1945, onde um soldado da marinha norte-americana beija apaixonadamente uma enfermeira. O que é fora do comum para aquela época é que os dois personagens não eram um casal, eram perfeitos estranhos que haviam acabado de encontrar-se.

A fotografia, grande ícone, é considerada uma analogia da excitação e paixão que significa regressar a casa depois de passar uma longa temporada fora, como também a alegria experimentada ao término de uma guerra.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Impostômetro.

Muito legal esse site fica ai a dica.

http://www.calculadoradoimposto.org.br/

domingo, 16 de março de 2008

COMO FAZER UM BOLO DE CHOCOLATE EM 3 MINUTOS.



Fim de semana. Você aí largadão no sofá assistindo DVD e de repente bate aquela vontade de comer um doce.

Que tal fazer um Bolo de Chocolate na Caneca em 3 minutos?

É facinho, facinho... E não faz bagunça na cozinha, você só suja uma caneca e duas colheres. Anote aí:

Ingredientes:
- 1 ovo
- 4 colheres (sopa) de leite
- 3 colheres (sopa) de óleo
- 2 colheres (sopa) de chocolate em pó
- 4 colheres (sopa) de açúcar
- 4 colheres (sopa) de farinha de trigo
- 1 colher (café) de fermento em pó

Modo de Preparo:
- Coloque todos os ingredientes na caneca e mexa delicadamente até ficar bem misturado.
- Leve por 3 minutos no microondas na potência máxima.

Técnica Para a Redução de Stress...curtinha e funciona!

Se você está tendo, ou teve, uma semana infernal, siga estes 8 passos
para reduzir o stress. Eu não acredito muito em técnicas modernas de
redução de stress, mas esta realmente funciona...


1. Imagine-se perto de um rio com um lindo fundo de pedras.


2. A brisa fresca da montanha traz o canto dos pássaros até os seus ouvidos.


3. Ninguém, além de você, conhece este lugar secreto.


4. Você está totalmente separado do lugar caótico que chamamos "Civilização".


5. O som tranqüilo de uma pequena cascata enche tudo ao seu redor de
serenidade.


6. A água é límpida e cristalina.


7. Você pode ver claramente o rosto da pessoa que você está afogando
embaixo da água.



8. Viu?.. Você já está sorrindo...

6 fatos bizarros sobre a internet em Cuba desconhecidos

Cuba é conhecida pela total desconformidade com as questões sociais, e isso não é nenhuma novidade. O que pouquíssimas pessoas aqui no Brasil desconhecem é a maneira como é tratada a inclusão digital na ilha de Fidel. Veja abaixo algumas questões, que se comparadas com a realidade do nosso país, chegam a ser bizarras:

1. Manter um blog, só se passando por turista estrangeiro.


Yoani Sanchez, de 32 anos, se veste de turista, entra em um hotel de Havana, cumprimentando os funcionários em alemão e vai até o local onde existe conexão para a internet. Isso acontece porque cubanos como ela não estão autorizados a usar as conexões de Internet do estabelecimento, reservado apenas a estrangeiros.

Na frente do computador Sanchez precisa escrever rapidamente. Não porque ela tem medo de ser apanhada em flagrante, mas porque o acesso à rede é proibitivamente caro. Uma hora de Internet custa cerca de 6 dólares, o equivalente a 15 dias de salário para um trabalhador cubano médio.

Blogueiros independentes como Sanchez tem de criar seus sites em servidores fora de Cuba e têm mais leitores fora do país do que dentro dele. Isso não surpreende, já que apenas 200 mil cubanos, ou menos de dois por cento da população, têm acesso à Web, o menor índice na América Latina, de acordo com a União Internacional de Telecomunicações.


2. Acredite! Nem o governo tem "livre acesso" à internet.


Apenas funcionários do governo, professores, universitários e pesquisadores estão autorizados a manter contas próprias de Internet, fornecidas pelo governo.

O restante dos cubanos só podem manter contas de email, às quais têm acesso nas agências dos correios, onde também podem visitar sites cubanos. O acesso ao restante da rede, no entanto, é proibido para eles.


3. O governo culpa os EUA pela exclusão digital.


O governo culpa o embargo comercial norte-americano pela situação, porque ele impede que o país tenha acesso a cabos submarinos de fibras ópticas que correm a apenas 20 quilômetros de seu território, e em lugar deles depende de caras conexões via satélite para se conectar à rede de países como o Brasil, Chile e Canadá.

Mas os críticos alegam que isso é apenas um pretexto para que as autoridades mantenham controle sobre a Internet.


4. Até em Cuba já existe pirataria!


Funcionários do governo há muito limitam o acesso do público à Internet e a vídeos digitais, removendo as antenas parabólicas não autorizadas e controlando severamente o número de cibercafés que os cubanos podem utilizar. Resta apenas um cibercafé funcionando na velha Havana, ante três alguns anos atrás.

Mas as tentativas do governo de controlar o acesso estão se provando cada vez mais ineficientes. Os jovens cubanos dizem que existe um próspero mercado negro que oferece a milhares de pessoas uma conexão clandestina para com o mundo exterior.

Pessoas que contrabandearam antenas parabólicas para o país oferecem conexões ilegais de Internet, por uma tarifa mensal, ou baixam filmes e os vendem em CDs. Outros exploram as conexões de Internet de empresas estrangeiras e estatais. Funcionários que podem se conectar à Internet muitas vezes vendem suas senhas e números de identificação para que outras pessoas obtenham acesso de madrugada.


5. Como funciona um Cybercafé em Cuba.


Escondido em uma pequena sala nas profundezas do edifício do Congresso, o café estatal cobra um terço do salário médio mensal de um trabalhador cubano, US$ 5 - por uma hora de uso de computador. Os dois outros cibercafés que existiam no centro de Havana foram transformados em "centros postais", que permitem que cubanos mandem mensagens de e-mail por uma rede fechada na ilha, desconectada da Internet. "É uma espécie de serviço telegráfico", disse um jovem, dando de ombros, enquanto esperava na fila para usar os computadores de um dos antigos cibercafés.


6. Só agora os jovens começam a usar a Internet para desafiar o governo.


Uma crescente rede de jovens armados de cartões de memória de computador, câmeras digitais e conexões clandestinas com a Internet está desafiando o governo cubano nos últimos meses, difundindo notícias que a mídia oficial do Estado preferiria suprimir.

No mês passado, os estudantes de uma prestigiosa universidade de computação gravaram um feio confronto que tiveram com Ricardo Alarcón, o presidente da Assembléia Nacional cubana. Alarcón parecia perplexo quando os estudantes o cercaram e começaram a questioná-lo sobre os motivos da proibição de que viajem ao exterior, se hospedem em hotéis, procurem salários melhores ou utilizem serviços de busca como o Google. O vídeo se espalhou velozmente por Havana, de pessoa em pessoa, e prejudicou seriamente a reputação de Alarcón em determinados círculos.

Fonte: Reuters e The New York Times

quarta-feira, 12 de março de 2008

DICIONÁRIO LULÍSTICO.

Você entende tudo que nosso excelentíssimo presidente da república fala? Não? Então para te ajudar, coloco aqui algumas pérolas traduzidas do sapo barbudo.

Se você conhece alguma, mande nos comentários. Vamos escrever juntos o Grande Dicionário da Língua Lulística.









Alopatia
= Dar um telefonema para a tia.
Abreviatura = Ato de se abrir um carro de polícia.
Açucareiro = Revendedor de açúcar que vende acima da tabela.
Bacanal = Reunião de bacanas.
Barbicha = Boteco para gays.
Caatinga = Cheiro ruim.
Cálice = Ordem para ficar calado.
Caminhão = Estrada muito grande.
Canguru = Líder espiritual de um cachorro.
Catálogo = Ato de se apanhar coisas rapidamente.
Compulsão = Qualquer animal com pulso grande.
Cortiço = Ato de cortar alguma coisa
Depressão = Espécie de panela angustiante.
Destilado = Aquele que não está do lado de lá.
Detergente = Ato de prender indivíduos suspeitos.
Determina = Prender uma moça.
Esfera = Animal feroz amansado.
Evento = Constatação de que realmente é vento, e não furacão.
Exótico = Algo que deixou de ser ótico, passou a ser olfativo ou auditivo.
Formiga = Tradução do Inglês: “Para uma Amiga”.
Genitália = Órgão reprodutor dos italianos.
Homossexual = Sabão utilizado para lavar as partes íntimas.
Leilão = Leila com mais de dois metros de altura.
Locadora = Uma mulher maluca, de nome Dora.
Novamente = Diz-se de indivíduos que renovam a sua maneira de pensar.
Obscuro = “OB” na cor preta.
Psicopata = Veterinário especialista em doenças mentais de patas.
Quartzo = Partze ou aposentzo de um apartamentzo.

sexta-feira, 7 de março de 2008

10 ERROS QUE VOCÊ NÃO PODE COMETER UMA ENTREVISTA DE EMPREGO.

Chegar atrasado
"Chegar atrasado numa entrevista, além de desorganização, demonstra que o candidato não está dando o devido valor à entrevista. A displicência com o horário mostra que você não priorizou tal compromisso em sua agenda. Além disso, fazer uma pessoa esperar é falta de respeito. Tempo é um recurso escasso, logo, deve ser bem aproveitado. Caso você, por algum motivo, atrase na entrevista, informe imediatamente o entrevistador. Verifique se é possível passar um candidato na sua frente, ou, se necessário, remarque a entrevista. Se você chegou no horário, mas tem compromisso para mais tarde o ideal é avisar o entrevistador de antemão. Não faça a entrevista na correria para não se sentir pressionado. Isso pode prejudicar seu desempenho."
Wander Mendes, professor e consultor na área de Gestão de Pessoas e Planejamento Estratégico da FGV-PR (Fundação Getúlio Vargas do Paraná).

Usar roupas informais demais
"Hoje em dia, os jovens são muito despojados. Na faculdade, não há nada de mal nisso. Agora, para a entrevista de emprego, não custa melhorar um pouco o visual. Isso não quer dizer que todo candidato a estágio ou jovem recém-formado deva vestir terno e gravata ou, no caso das meninas, tailer e scarpin. É preciso saber escolher a roupa e adequar o vestuário a cada tipo de empresa. Uma agência de publicidade, por exemplo, permite um visual mais informal. Agora, se a entrevista é para uma instituição financeira, é óbvio que o candidato terá de seguir a regra básica: esporte fino. Lembre-se: o que deve prender a atenção do entrevistador é o seu conteúdo e não a 'embalagem', portanto, jamais vá para a entrevista de chinelo, regata, roupa decotada, barriga aparecendo, saia curta ou short."
Marisa Silva, consultora de Recursos Humanos da Career Center

Não saber nada sobre a empresa ou o setor
"É muito comum que os candidatos partam para a entrevista de emprego sem saber sobre a empresa em questão ou sobre o setor em que ela está inserida, quando na verdade, ele deveria estar munido do maior número de informações possível. Se a empresa de recrutamento não divulgar qual é a companhia que está em busca de candidatos, ela deverá, ao menos, informar sobre o setor. Tem mais chance de sucesso o candidato que sabe se posicionar na entrevista porque domina o assunto trabalho, em detrimento daquele que não se deu ao trabalho de pesquisar mais sobre a empresa em questão. Sempre repito isso para meus alunos: informação nunca é demais."
Jaqueline Mascarenhas, consultora de carreira do Ibmec Minas Gerais

Expressar-se mal, com gírias e frases sem sentido
"O discurso mais adequado para uma entrevista é aquele em que o candidato consegue ser objetivo, responder as perguntas do entrevistador, expor seu ponto de vista quando é convidado a fazer isso e perguntar, com tato, detalhes sobre a vaga. No meio do caminho, porém, é muito comum que os candidatos façam uso de gírias e regionalismos na hora de tirar suas dúvidas. O linguajar é um detalhe importante, dependendo das expressões utilizadas, o discurso demonstra certa imaturidade do candidato. O ideal é responder as perguntas com calma, ter tempo para pensar e expor suas idéias com tranqüilidade. Este, aliás, é outro problema grave de muitos discursos. Tem candidato que fica tão nervoso na hora da entrevista que dispara a falar e quando percebe já mudou de assunto e não respondeu a pergunta do entrevistador. Isso é muito ruim, já que o ritmo da entrevista é um fator importante."
Marco Túlio Rodrigues Costa, professor de Aspectos Comportamentais Éticos de Gestão de Pessoas da FGV-BH (Fundação Getúlio Vargas de Belo Horizonte)

Mentir sobre suas qualificações
"Mentir na entrevista é o mesmo que dar corda para se enforcar. Inventar cursos, referências e pequenos sucessos colocam o candidato numa situação vulnerável porque, caso seja contratado, terá de sustentar essa inverdade por muito tempo. E como diz o ditado: mentira tem perna curta, hora ou outra seu deslize será descoberto. Aí o prejuízo será bem maior. Uma vez que seu superior descobrir que você não tem as habilidades destacadas na entrevista, perceberá que seu perfil não atende às necessidades da empresa, e mais, que errou ao apostar em sua seleção. Ao ser contratado, o indivíduo precisa ter claro que convenceu o recrutador de possuir determinadas competências. Ao mentir, não só estará provando que não as tem como atestará sua falta de caráter ao faltar com a verdade. Isso deixará o recrutador descontente duas vezes e poderá resultar em demissão comprometendo, inclusive, futuras recomendações."
Gustavo G. Boog, diretor da Boog Consultoria

Falar mal do emprego ou do chefe anterior
"Mesmo que esteja com raiva da empresa ou do chefe antigo, jamais fale mal deles na entrevista de emprego. Essa atitude é vista com maus olhos por 99,9% dos recrutadores. Na entrevista de emprego, o recrutador não está interessado em ficar por dentro de 'pendengas' cujas pessoas e razões ele simplesmente desconhece. Seu objetivo é investigar de que maneira seu perfil profissional e suas qualificações poderão ser úteis para a empresa. Caso você vá logo partindo para o discurso de que estava infeliz no emprego anterior porque seu chefe o perseguia, além de desviar o foco da entrevista, estará levantando questões que podem levar o recrutador a repensar sua contratação. Afinal, numa situação de conflito, é preciso avaliar a parcela de culpa de ambas as partes. Além disso, falar mal da empresa ou do antigo chefe revela uma postura antiética de sua parte, pois se tratam de segredos e detalhes de um negócio do qual você não faz mais parte. Mas, atenção: isso não quer dizer que você deva mentir, e sim, contornar a situação. Uma boa saída é dizer que saiu da empresa por estar em busca de novos desafios profissionais."
Maria Bernadete Pupo, gerente de Recursos Humanos da Unifeo e professora da FAC FITO

Disputar espaço com o entrevistador
"Para disfarçar o nervosismo, tem muita gente que acaba partindo para o ataque e disputando espaço com o recrutador durante a entrevista. Para driblar a insegurança, ele acaba querendo fazer pose de sabido a fim de triunfar sobre o recrutador. Isso tudo, porém, é muito mais que previsível para quem trabalha com Recursos Humanos. Aí, das duas uma: ou você perde a vaga porque o recrutador percebe sua insegurança por meio de uma postura imatura de quem está na defensiva, ou acaba sendo eliminado pela prepotência e o excesso de arrogância que esse comportamento demonstra. Por isso, não entre numa disputa direta com o recrutador. Espere, escute e, aí sim, faça suas considerações, sempre com humildade."
Mariá Giuliese, diretora-executiva da Lens Minarelli e especialista em análise e aconselhamento de carreira

Vangloriar-se de suas conquistas pessoais
"Na hora de 'vender seu peixe' ponha o ego de lado e não em primeiro lugar. O discurso não pode estar recheado de "eu fiz"; "eu consegui"; "eu conquistei"; e "eu realizei". Quando você coloca todas as conquistas em primeira pessoa pode soar presunçoso para o entrevistador. Até porque, na maior parte das empresas, os projetos e as realizações não são fruto do trabalho individual, mas sim, de uma equipe. Na hora de destacar seus feitos, procure valorizar sua participação em um projeto de sucesso implementado por uma equipe, e a partir disso, destaque como foi sua atuação para que ele fosse bem-sucedido. Lembre-se: egocentrismo não é uma característica admirada pelos contratantes. Para não cair nessa, vale treinar na frente do espelho. Olho no olho, com segurança no discurso. Um pouco de bom humor também ajuda. Existe uma tese que diz: quando você sorri, se desarma internamente e se torna mais receptivo."
Irene Ferreira Azevedo, professora de Liderança da BBS (Brazilian Business School)

Não perguntar nada durante a entrevista
"Não é porque você está fazendo uma entrevista que sua participação na conversa deve se limitar a responder o que o entrevistador pergunta. Por timidez ou insegurança, muita gente sai com dúvida da entrevista e isso é ruim. Caso o recrutador não mencione, é sua obrigação perguntar detalhes sobre a rotina de trabalho e benefícios. Porém, isso não significa que você deve incorporar o perguntador chato. Caso a explicação sobre a vaga não tenha sido suficiente para esclarecer suas dúvidas, pergunte com bastante delicadeza novamente: 'Desculpe-me, não ficou muito claro para mim'. Agora, se mesmo assim restarem dúvidas, deixe para outra ocasião. Perguntar sobre o salário não é uma coisa ruim, desde que você não se preocupe só em saber quanto será a remuneração. Procure se informar sobre outros detalhes para não mostrar que está interessado só no dinheiro."
Cristiane Cortez, consultora de carreira do IBTA Carreiras

Demonstrar desequilíbrio emocional
"Não é segredo para ninguém que o nervosismo pode atrapalhar, e muito, nos momentos decisivos. Na entrevista de emprego não poderia ser diferente. O candidato pode até ter o perfil ideal para a vaga, mas se deixar a tensão dominá-lo no momento em que precisa deixar claro suas qualificações, sua chance pode ir por água abaixo. O desequilíbrio emocional demonstrado pela insegurança e o nervosismo pode dizer ao recrutador que você não está pronto para assumir uma grande responsabilidade. Por isso, evite cometer erros como: levar um acompanhante para esperá-lo após a entrevista, inflar seu discurso com comentários negativos ou colocar-se em uma posição de vítima frente adversidades. Se você tem um bom currículo e suas características correspondem ao perfil da vaga, não há motivo para se preocupar."
Priscila Lara, consultora de Recursos Humanos do Grupo Foco