Campos de Pouso.
Praticamente toda a área do Território do Rondônia era coberta de mata virgem. Apenas um imenso oceano verde, quase infindável quando se olhava do alto. Praticamente inpenetrável e desconhecido, quando olhado de sua orla. Para que se pudesse cumprir a meta de abrir uma estrada pioneira que a cruzasse, em apenas dez meses, foi necessário abrir várias frentes de desmatamento. As que iniciavam em Porto Velho e Vilhena poderiam ser abastecidas por terra, pela picada aberta, ainda que com dificuldades. Mas as intermediárias exigiam outras soluções. A principal, e talvez até possa ser dito que sem ela não haveria a BR-29, foi o suprimento aéreo. Em várias frentes os suprimentos eram jogados de avião para que as turmas os procurassem em meio à selva. Incontáveis vezes perderam-se os bens lançados. Várias as mortes em pequenos aviões que desapareceram na selva. Mas os trabalhos prosseguiam.
Certa ocasião, quando ainda não havia um campo de pouso adequado em Vila de Rondônia (atual Ji Paraná, a segunda maior cidade do estado), o eng. José Fiel Fontes, chefe dos serviços de desmatamento, decidiu enviar 600 homens para aquele vilarejo para "abrir no braço" a pista indispensável. Em Nova Vida iam-se acumulando os trabalhadores que concluiam seus trechos. Instados por Fiel, que os acompanhou passo a passo, os homens concordaram em seguir a pé, mata a dentro, pelos 130 km que separavam Nova Vida de Vila de Rondônia. Aproveitando as poucas indicações do picadão aberto pelo Marechal Rondon 50 anos antes, qual um fantástico "exército de Brancaleone", o estropiado grupo chegou ao destino 6 (seis) dias depois, sem uma única baixa, e construiu a pista.
Os principais campos de pouso construídos para dar suporte aos trabalhos, que permitiam o pouso de aviões DC-3, foram os de:
0 comentários:
Postar um comentário